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Encontro Nacional pelo Voto Nulo(Brasil)
Por LBI - Monday, Aug. 14, 2006 at 12:41 PM

Um passo adiante na reorganização da vanguarda classista e revolucionária!



Cerca de 100 companheiros participaram do Encontro Nacional pelo Voto Nulo ocorrido em Diadema, São Paulo, nos dias 12 e 13 de agosto. O encontro, realizado como produto da colaboração política de seis comitês estaduais pelo Voto Nulo – SP, RJ, CE, DF, AM e RS – conseguiu reunir ativistas de várias regiões do país e de diversas categorias (bancários, professores, judiciários, metroviários, gráficos, trabalhadores dos correios, comerciários, metalúrgicos, previdenciários, servidores públicos, moradores de bairros proletários, estudantes secundaristas e universitários, etc),

Além das organizações políticas que o impulsionaram – LBI, POM, CCR, Oposição Operária e Revolucionários em Luta – afluíram ao Encontro Nacional lutadores classistas independentes, um grupo de camaradas do Comitê pelo Voto Nulo da Baixada Santista e uma delegação da Associação Independente dos Camelôs de São Paulo.

Logo após a abertura do Encontro Nacional, os comitês dos estados presentes deram informes das atividades que estão desenvolvendo, relatando o combate regional que tem travado na denúncia das eleições como um circo eleitoral e da delimitação com as candidaturas da frente popular, as que representam o bloco PSDB/PFL e a Frente de Esquerda conformada pelo PSOL-PSTU-PCB.

Em seguida, todas as correntes políticas presentes conformaram uma mesa sobre conjuntura internacional, nacional e intervenção do movimento de massas. Na exposição, os oradores abordaram temas vivos da luta de classes e, inclusive, polêmicos entre os diversos agrupamentos.

No ponto sobre conjuntura internacional debateu-se a caracterização da crise capitalista mundial, a defesa de Cuba, a etapa que se abriu com a liquidação da URSS, o apoio à resistência dos povos do Oriente Médio, a situação política na Bolívia e Venezuela, etc. Sobre a conjuntura nacional e intervenção do movimento de massas discutiu-se o caráter do governo Lula, a luta por manter a independência de classe diante do processo de cooptação política e material levado a cabo pela frente popular, o papel da Frente de Esquerda e os limites da Conlutas.

A intervenção dos revolucionários nas eleições por meio da defesa do voto nulo e da denúncia da democracia burguesa, caracterizando particularmente o papel nefasto que cumprem o PSOL e o PSTU como um obstáculo à ruptura do ativismo classista com a política de frente popular, foi aprofundada por todos os oradores.

A LBI utilizou sua intervenção para ressaltar a necessidade do encontro ter uma orientação política internacionalista proletária, o que nesse momento passa por defender a vitória militar do Hizbollah e da resistência palestina frente ao imperialismo ianque e aos ataques de seu enclave nazi-sionista no Oriente Médio. Nesse terreno a militancia da LBI também postulou a necessidade de defender Cuba e as conquistas da revolução frente às investidas de Bush para restaurar o capitalismo na Ilha. Com relação à conjuntura nacional a LBI apontou que o combate ao governo burguês de Lula deve se dar na ação direta da classe, o que significa fortalecer as campanhas salariais, dotá-las de um caráter político e, no curso da mobilização, superar a orientação “chapa branca” de suas direções reformistas. Justamente por isso, foi feito um chamado a todas as correntes políticas presentes ao Encontro Nacional que intervém na Conlutas a participar da reunião da coordenação nacional da Conlutas que ocorrerá nos dias 18,19 e 20, conformando o mesmo pólo revolucionário estabelecido no CONAT, com o objetivo de dar o combate às posições do PSTU que subordinam a entidade ao eleitoralismo e à legislação burguesa vigente. Por fim, a necessidade de colar a campanha do voto nulo à defesa da revolução e do socialismo, unindo essas consignas estratégicas com as reivindicações imediatas da classe foi indicada pela LBI como o norte político e programático que deveriam se desenvolver as iniciativas tiradas no Encontro.

Depois do almoço, ocorreram os grupos de discussão, onde todos os ativistas presentes intervieram, relatando e socializando suas experiências políticas, abordando além dos temas expostos na mesa da manhã, a campanha pelo voto nulo propriamente dita.

Dos grupos, foram levadas uma série de propostas para a plenária geral que se iniciou no final da tarde do dia 12. A elaboração de um manifesto nacional do Encontro que delimitasse um perfil programático marxista para campanha pelo voto nulo, a elaboração de materiais agitativos para massificar a intervenção nos locais de trabalho, estudo e moradia, a realização de plenárias estaduais amplas, a orientação de se participar nos debates políticos nos estados e diversas formas de finanças (camiseta, bottons, bônus) foram sugestões surgidas nos grupos e debatidas em plenário.

Já por volta das 20hs, depois de um rico debate onde as correntes políticas pontuaram seus acordos e diferenças sobre diversas questões, ressaltando que as divergências se colocavam no campo do marxismo e que o debate estava sendo travado nos marcos da democracia operária, a plenária geral do primeiro dia do encontro foi encerrada deliberando uma comissão para elaborar uma proposta de manifesto político do Encontro Nacional, a ser debatida democraticamente no outro dia, junto com outras iniciativas.

FORJADO NA DEMOCRACIA OPERÁRIA, O ENCONTRO APROVA UM MANIFESTO POLÍTICO CLASSISTA, REVOLUCIONÁRIO E INTERNACIONALISTA

Em um clima de unidade política, forjado já no dia anterior do encontro, foi lida a proposta de manifesto. A plenária se debruçou atentamente sobre as emendas e supressões propostas ao texto. Três horas de intenso debate pariram um texto superior ao documento apresentado originalmente pela comissão, que expressou um acordo sobre temas da conjuntura nacional, internacional, movimento de massas e eleições, além de apontar a necessidade da construção do partido revolucionário internacionalista.

Todas as correntes políticas presentes e ativistas classistas aprovaram o documento em plenário, de forma unânime e resolveu-se pela impressão imediata de 5 mil manifestos para ser divulgado já nos próximos dias, em diversas atividades pelo país. Uma colaboração espontânea de todos os presentes no plenário garantiu a reprodução do material.

A parte final da plenária foi dedicada a finanças e encaminhamentos.
Um fundo para garantir a feitura de 5 mil cartazes, bottons, adesivos, camisetas e panfletos agitativos, formado a partir da contribuição dos comitês estaduais e das correntes políticas foi estabelecido. A centralização das finanças e da própria atividade política ficou a cargo de uma coordenação nacional da campanha pelo voto nulo, formada pela comissão executiva do comitê de São Paulo e um representante de cada comitê estadual presente ao encontro, aberta a outros comitês e organizações políticas que desejem se integrar e tenham acordo com o manifesto aprovado no Encontro.

Entre os encaminhamentos ficou deliberado a realização de plenárias estaduais dos comitês até no máximo em trinta dias e a intervenção com o manifesto em diversas atividades, como nas assembléias das campanhas salariais em curso (bancários, correios, professores, metroviários, metalúrgicos, etc.). Uma importante deliberação da plenária foi o envio de uma delegação do Encontro ao lançamento nacional da campanha pela reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, marcada para este dia 14, no Rio de Janeiro, atividade boicotada pelo PT e pelo PSOL.

Já passavam das 17hs do domingo, dia 13, quando, os presentes, cantando a Internacional Comunista e de punho erguido, concluíam, as atividades do Encontro Nacional pelo Voto Nulo, certos que haviam cumprindo uma importante jornada de práxis revolucionária.

A LBI, que tomou a iniciativa política de impulsionar esse Encontro Nacional, avalia que o documento aprovado e as iniciativas adotadas são importantes passos para a vanguarda classista se reagrupar tendo como guia um programa revolucionário e internacionalista. A realização do próprio Encontro Nacional, unindo em um fórum comum correntes políticas que se reivindicam da defesa do marxismo, da revolução e do socialismo , postando-se dentro de suas pequenas forças militantes como alternativa política à frente popular de Lula, ao reformismo do PSOL e ao revisionismo do trotskismo representado pelo PSTU é a grande vitória política desse rico processo de reorganização em curso.

São Paulo, 14 de agosto de 2006.


LBI

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esto es demasiado
Por jose - Monday, Aug. 14, 2006 at 2:54 PM

por favor... que secta loca.

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