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Heloísa Helena mostra a que veio
Por Liga Bolchevique Internacional - Friday, Aug. 18, 2006 at 2:06 PM

Heloísa Helena mostra a que veio: “Seria desonestidade intelectual de minha parte dizer que eu vou implementar o socialismo”

Nestas eleições, nenhum ataque vindo dos porta-vozes tradicionais da burguesia foi tão prejudicial, tão nocivo, tão virulento à causa do socialismo quanto a escandalosa entrevista ao Jornal Nacional (JN) da candidata do PSOL à presidência.

Pelo monopolismo que as organizações Globo exercem sobre a mídia brasileira, o seu jornal televisivo no horário nobre assume uma função de “formador de opinião” do regime que nenhum outro meio de comunicação exerce no país. A entrevista de um candidato a presidente no JN é o principal palanque eleitoral que o mesmo terá durante toda a eleição. Em 2002, Lula foi entrevistado pelo JN e quando perguntado sobre se seu partido era contra o pagamento da dívida externa, respondeu categoricamente que uma coisa é o que o partido defende — embora o PT por mais de uma década já tivesse renunciado a esta bandeira — outra era o que iria fazer no governo.

Em sua entrevista no dia 08 de agosto no mesmo telejornal global, Heloísa Helena (HH) repetiu exaustivamente o que aprendeu com Lula. Quando perguntada se expropriaria as grandes fazendas, a senadora declarou: “Eu não posso meu amor, porque a Constituição proíbe. Programa de partido se trata de objetivos estratégicos do partido. Não tem nada a ver com programa de governo”. Então, na prática, o programa do PSOL, mesmo limitado e reformista como é, só serve para enganar os que simpatizam com o socialismo e angariar seus votos, mas não para ser executado. Diante da resposta oportunista HH foi questionada com uma pergunta óbvia da repórter global: “Não seria incoerente candidata, ter visto no programa, quer dizer, não pode levar o eleitor a pensar o seguinte. Que outros itens do seu programa, do partido que a senhora ajudou a fundar, a senhora poderia dizer que não pretende cumprir?” A senadora, que na mesma entrevista, disse não tolerar a vigarice política responde: “Talvez quem não é militante de partido, não entenda muito isto. (...) Objetivo estratégico é algo que você pensa em implementar em 30 anos, 40 anos. O programa de governo é outra coisa. Programa de governo não pode estar distanciado da legislação em vigor do país. Qualquer questão, quer seja as relações internacionais do Brasil, a autodeterminação dos povos, o que está na área de segurança, de saúde, de educação, nada pode ser feito além daquilo que a legislação em vigor no país.”

Estas declarações jogam água no moinho da reação anticomunista pós-URSS e na desmoralização gerada pelo governo petista. Vendo na senadora a maior representante política dos chamados “socialistas radicais” nestas eleições, toda a população é levada a crer que os militantes socialistas são como representantes dos demais partidos políticos, prometem coisas belas, mas governam dando continuidade ao capitalismo. Nada de lutar pelas transformações sociais “porque a constituição proíbe”. Logo, tudo ficará como está, enquadrado pela institucionalidade burguesa e, portanto, nem agora nem daqui a 100 anos será implantado o socialismo. Defendendo obedientemente a draconiana e antidemocrática legislação em vigor, a senadora deixou cair a máscara de seu extremo oportunismo eleitoreiro quando se trata de medir o que de fato ela defende.

Para quê e para quem a senadora irá governar em caso de assumir o governo se só “pensa em implementar o socialismo” do PSOL daqui a três ou quatro décadas? Antes de Lula assumir a presidência e governar para o imperialismo como está fazendo, amplas parcelas da vanguarda nutriam a ilusão de que este tipo de declaração oportunista e desmoralizante para a esquerda não passavam de esperteza de Lula para enganar a burguesia, para que os capitalistas deixassem o PT assumir e uma vez que “estivéssemos lá em cima”, a coisa mudaria. Ledo engano. Se HH está enganando alguém, com base na experiência histórica de todos os reformistas que foram guindados ao governo burguês, é preciso dizer claramente, que este alguém são os de baixo e não os de cima.

Não se chega ao socialismo por decreto, mas pela revolução social, pela tomada do poder político pelo proletariado e a derrubada violenta de toda ordem social vigente. A candidata se vale deste fato para afastar qualquer receio do regime de que um remoto mandato seu sirva como instrumento de agitação política para favorecer o processo de contestação da ordem vigente. “Então seria desonestidade intelectual da minha parte e desconhecimento de toda a tradição socialista dizer que eu vou implementar o socialismo”. Ao final da entrevista de 11 minutos a parlamentar vai mais além e como prova de sua “franqueza” a “convicta socialista” declara que o socialismo é inexeqüível. Para a devota da Virgem Maria e do Padre Cícero, o socialismo assim como uma vida melhor, para as massas só poderá ser alcançada espiritualmente, depois da morte, sob “outra estrutura anátomo-fisiológica” como tentou sofisticar a candidata em sua cretina e confusa explicação transcendental.

Ao mesmo tempo em que renega completamente o socialismo e a revolução como uma tarefa política prática, a senadora declara: “Hoje eu luto pela democracia! A democratização da riqueza, das políticas sociais, da informação e da cultura. Da terra e do espaço bom, porque a democracia no Brasil não existe”. HH, que se diz trotskista, bem deveria saber que a verdadeira e completa resolução das tarefas democráticas e de libertação nacional só podem ser levadas a cabo através da revolução permanente e da ditadura do proletariado, algo que ela e seu partido abominam. De fato, a estratégia de HH e do PSOL é a defesa da democracia como valor universal, ou seja, da ditadura do capital com fachada democrática.

Depois de elogiar a posição policial de HH no episódio da ocupação do Congresso Nacional pelo MLST — “A senhora se manifestou num discurso no plenário contrária àquela ação” — a repórter do JN instigou-a mais uma vez sobre a questão perguntando-lhe se defendia a invasão de prédios públicos. HH, que na entrevista já havia limitado a sua reforma agrária às terras improdutivas tal como “dita a lei”, não se fez de rogada nem perdeu a oportunidade de criminalizar mais uma vez o MLST: “Minha filha, deixa eu dizer uma coisa. Veja, eu tive um filho que passou 15 dias em coma com traumatismo craniano. Imagina como eu me sentiria se fosse o meu filho que fosse apedrejado com paralelepípedo, tivesse traumatismo craniano ou se fosse o meu filho”. Este tipo de posição policialesca rendeu muitos pontos com a burguesia, abrindo ainda mais portas para sua exposição midiática nas últimas semanas. Respondendo metaforicamente ao mesmo estilo de Lula, mas assumindo uma faceta que o primeiro canalha jamais ousou, HH veste venenosamente a carapuça maternal para induzir emocionalmente os telespectadores a demonizar e condenar os “baderneiros” camponeses pobres que passaram mais de quarenta dias em regime de campo de concentração, sendo torturados e processados pela Lei de Segurança Nacional, em favor dos que ela apresenta como vítimas, os truculentos seguranças do Congresso que só foram atacados quando impediram a entrada dos sem-terra na “Casa do Povo”, tão defendida pela senadora.

É nesta hora que a senadora que, por “honestidade intelectual” e “reconhecimento das tradições socialistas” descarta toda possibilidade de implementar o socialismo mesmo 40 anos depois de que ela chegasse ao governo, parte para a mais cretina desonestidade diante da história da luta de classes. HH despreza o caro e penoso aprendizado obtido por toda história de luta dos explorados ao condenar a violência revolucionária e a tomada de assalto dos prédios estatais de governo como condição fundamental para que a população trabalhadora avance na luta por satisfazer seus interesses históricos frente a oposição armada e secular das classes dominantes em conceder qualquer reforma em favor dos explorados, recorrendo sempre à facínora repressão para esmagar toda resistência à opressão e exploração.

Após fazer demagogia populista sobre a maternidade para combater o MLST a senadora sequer poupou as mães jogadas na miséria que, segundo sugere, estariam engravidando para receber a bolsa-família “o Bolsa Família não pode ser um incentivo pra vivência dolorosa da gravidez na adolescência”.

Em cadeia nacional para milhões de pessoas HH elevou a enésima potência o desvio comum a todos os oportunistas de divorciarem a tática política de uma proclamada estratégia socialista, deixando claro que seria eleita para defender a democracia dos ricos tal como ela se encontra atada à legislação patronal em vigor.

Não por acaso, o prefeito carioca pelo PFL declarou esfuziante: “Senadora Heloisa Helena: Nota 1.000 por sua entrevista no JN! Tudo perfeito: o sorriso, o olhar para a câmera da TV, a tranqüilidade, a resposta rápida, a oferta de sua condição de mãe e mulher, tudo, tudo, tudo. Parabéns senadora. Este ex-blog está orgulhoso de você” (boletim eletrônico de César Maia). Muitas outras saudações à senadora se seguiram, vindos dos mais distintos meios políticos e da imprensa burguesa como a ovação a um membro recém graduado de uma congregação.

Cúmplice deste ataque ferino a elevar a consciência das massas à luta pelo socialismo, o PSTU segue dando legitimidade ao discurso da senadora oportunista, um instrumento “perfeito” de desmoralização da militância revolucionária. Longe de romper com essa candidatura do regime o PSTU acoberta suas capitulações. No Opinião Socialista 268, lançado na semana da entrevista global em que viu crescer o apoio dos setores burgueses a HH, a direção do PSTU afirma que “Inúmeras respostas foram dadas por Heloísa e outros companheiros, recusando qualquer tipo de acordo com o ex-governador Garotinho. Somamo-nos a esta recusa”. O PSTU patrocina uma farsa, já que HH declarou exatamente o contrário: “humildemente tenho que agradecer qualquer intenção de voto” (Folha on line, 28/07) para mais tarde arrematar que “Garotinho pode estar se identificando com o projeto econômico do PSOL, construído também por dois economistas sérios do país” (Agência Estado, 27/07), referindo-se ao seu vice, César Bejamin e o ex-presidente do BNDES de Lula, Carlos Lessa, que ajudaram Garotinho a elaborar seu programa a presidência quando da disputa interna do PMDB.

Como reconheceu César Maia, mais um político burguês mafioso que parabenizou HH por sua entrevista escandalosa, os capitalistas estão “orgulhosos” com a senadora, passou no teste do JN e, por seus préstimos, vem sendo presenteada com abundante espaço na mídia e com o crescimento nas pesquisas.

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EVo Morales ni hablo de socialismo y el PO llamo a votarlo como si fuera Lenin
Por anti-ultraizquierdistas y oportunistas - Friday, Aug. 18, 2006 at 3:53 PM

El po no sabe que hacer para encontrar algo contra HH y justificar lo injustificable. En Bolivia Evo Morales ni hablo de socialismo y siempre tuvo más moderacion que HH, aparte de jugar un rol para desencabezar toda la movilizacion que tiró a Mesa para su proyecto electoralista dandoile la espalda a los movimientos sociales.

Pero el Po ahi llamó a votar por Evo Morales y el MAS boliviano como si fuera Lenin Evo Morales sin ningun condicionamiento.
Otra más del oportunismo del PO que ahora quieren bloquear a HH y al PSOL y el crecimiento de la izquierda radical en Brasil

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Izquierda Radical?
Por O que é radicalidade? - Friday, Aug. 18, 2006 at 4:47 PM

HH e PSOL radicais?

"As armas da crítica não podem, de fato, substituir a crítica das armas; a força material tem de ser deposta por força material, mas a teoria também se converte em força material uma vez que se apossa dos homens. A teoria é capaz de prender os homens desde que demonstre sua verdade face ao homem, desde que se torne radical. Ser radical é atacar o problema em suas raízes. Para o homem, porém, a raiz é o próprio homem. A prova evidente do radicalismo da teoria alemã e, portanto, de sua energia prática, consiste em saber partir decididamente da superação positiva da religião. A crítica da religião derruba a idéia do homem cama essência suprema para si próprio. Por conseguinte, com o imperativo categórico mudam todas as relações em que o homem é um ser humilhado, subjugado, abandonado e desprezível, relações que nada poderia ilustrar melhor do que aquela exclamação de um francês ao tomar conhecimento da existência de um projeto de criação do imposto sobre cães: Pobres cães! Querem tratá-los como se fossem pessoas!"

Karl Marx, Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel

Em relação à burguesia HH se limita à arma da crítica. Em relação aos trabalhadores sem terra que invadiram a Câmara dos Deputados a HH aprova a crítica das armas. Cadê a radicalidade dessa galinha política?

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PCO son dos en Brasil esa es tu altura de micro revolucionario ultraizquierdista funcional
Por nunca seran revolucionarios - Saturday, Aug. 19, 2006 at 12:46 AM

Rui Pimienta, el PCo y el PO argentino en el gigante brasileño : tu ultraizquierdismo infantil solo cosechó la suma de 4 en todo brasil.

El PSOL y el socialismo revolucionario crece en brasil de la mano principalmente de trotskistas, y de marxistas

Fuera los terratenientes, fuera los banqueros, y fuera el imperialismo de Brasil, son una de las principales consignas del frente de izquierda con la candidatura de HH a presidente

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3 carajos me importan...
Por 3 huevos - Saturday, Aug. 19, 2006 at 2:56 AM

el PCO, el PO, pero el gilastrón que mandó esta: "Fuera los terratenientes, fuera los banqueros, y fuera el imperialismo de Brasil, son una de las principales consignas del frente de izquierda con la candidatura de HH a presidente ",
es un mentiroso o un irresponsável que está jugando o provocando. No hay ni una sola declaración de HH, en la campaña electoral, contra el capital. Inclusive porque vende como imágen la de mujer común que vá a organizar la casa . Despolitiza el poder en función de un pretensa decisión administrativa.

Bueno Papá si no entendés, callate!!

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Las sectas solo existen en indymedia
Por NN - Saturday, Aug. 19, 2006 at 10:29 AM

Tipica logica de sectas, Heloisa Helena dice obviamente que las elecciones no van a construir el socialismo y las sectas utilizan esto para decir que no es socialista. Pero si hubiese dicho que iba a construir e socialismo a través de elecciones, se le hubiese acusado de electoralismo populista. La secta politica siempre encuenta una razon para denuncias y rupturas, ya lo dijo Lenin, la secta es la organizacion que pone el acento en aquallo que la separa de la clase obrera y no en aquello que la une.

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Lo..
Por FIB ante -obrero - Sunday, Aug. 20, 2006 at 12:11 AM

..que separa al FIB (Frente de Izquierda Burgués) del pueblo es justamente su caracter patronal. Ni mas ni menos.
Ahora si son una mierda y se venden como flan casero, allá ustedes.

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