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Petrobras é a 4ª mais lucrativa do setor de petróleo das Américas
Por PEDRO SOARES / Folha de S.Paulo - Monday, Aug. 21, 2006 at 11:56 PM

A Petrobras foi a quarta empresa de petróleo mais lucrativa das Américas no primeiro semestre. Seu lucro líquido (US$ 6,3 bilhões) foi menor apenas do que o de três gigantes dos EUA: Exxon Mobil (US$ 18,760 bilhões), Chevron Texaco (US$ 8,349 bilhões) e Conoco-Phillips (US$ 8,477 bilhões).

Os dados são de levantamento inédito da Economática a pedido da Folha, que considerou empresas com ações em Bolsa dos EUA e da América Latina.

Em dólar, o lucro da Petrobras, a 14ª maior empresa de petróleo do mundo, cresceu 48,8% em relação ao primeiro semestre de 2005. Em moeda local, a estatal anunciou na sexta-feira um lucro recorde de R$ 13,634 bilhões no primeiro semestre, alta de 37%.

O lucro da Petrobras cresceu proporcionalmente mais do que o das concorrentes dos EUA --o da Exxon Mobil subiu 21%, o da Chevron Texaco, 31,2%, e o da ConocoPhillips, 40,1%-- que lucraram mais do que a brasileira. No ranking das maiores petrolíferas do mundo, essas empresas aparecem em 2º, 8º e 11º lugares.

A Petrobras também lucrou mais do que a estatal mexicana Pemex (US$ 1,718 bilhão), apesar de essa empresa ter faturamento maior e estar Mais bem classificada no ranking das maiores petrolíferas do mundo (nona posição).

Considerando a receita de US$ 34,114 bilhões, a Petrobras ficou em sexto lugar entre as companhias de capital aberto da América Latina e EUA. A Pemex obteve a quinta posição --US$ 46,377 bilhões.

Para Luiz Octávio Broad, analista da corretora Ágora, a estatal foi beneficiada pela apreciação do real ao ter seu lucro convertido em dólar. É que a companhia gera receitas numa moeda que se valorizou ante o dólar, diferentemente das principais concorrentes na América Latina e EUA.

Marcos Paulo Fernandes, da corretora Fator, diz que o bom desempenho da companhia brasileira está relacionado ao acréscimo na produção de petróleo, que sobe em velocidade maior do que em outras empresas. "A outras talvez não tenham o leque de investimentos para aumentar a produção que a Petrobras tem", afirma.

A produção de óleo nacional da estatal cresceu 7% no primeiro semestre, alcançando 1,757 milhão de barris por dia.

José Francisco Cataldo, analista do banco ABN Real, considera que o desempenho da empresa só não foi melhor porque a estatal sofreu com paralisações programadas de plataformas no segundo trimestre.

Preço defasado

Apesar do efeito positivo da produção, tanto Broad como Fernandes destacam que a companhia teria um resultado ainda melhor se ajustasse Os preços da gasolina e diesel aos do mercado internacional.

"É claro que, no Brasil, com uma empresa estatal, não dá para repassar todo o dia até pelo efeito macroeconômico [na inflação], mas sem o artifício [de não alinhar os preços automaticamente] o lucro e o
retorno para os acionistas seriam maiores", diz Fernandes.

Para Broad, o balanço da companhia mostrou um aumento do custo de extração de petróleo (32%) sem um incremento proporcional do faturamento. A receita, diz, teria crescido mais não fosse o não-alinhamento. O faturamento da estatal subiu, em reais, 19%.

O analista da Ágora ressalta, porém, que a Petrobras tem ampliado a produção e incorporado novas descobertas de óleo e gás num momento em que muitas companhias estrangeiras não conseguem expandir a extração e reduzem reservas.

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