Julio López
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Heloisa Helena : “Sou a única capaz de derrotar Lula no segundo turno”
Por PSOL/PSTU/PCB -frente de esquerda - Monday, Aug. 28, 2006 at 4:52 PM

Comitê Heloísa Helena Presidente



28 de agosto de 2006

Heloisa Helena participou de entrevista promovida pelo jornal o Estado de São Paulo, onde afirmou que não existem diferenças programáticas entre as candidaturas de Lula e Alckmin. Representam duas faces da mesma moeda, ou seja, caso eleitos continuarão governando para os ricos, para os banqueiros e demais poderosos de nosso país. Afirmou ser a única capaz de promover mudanças e enfrentar Lula no segundo turno das eleições.
Heloisa reafirmou sua convicção de que Lula sabia de todo o esquema de corrupção denunciado ao país e que ficou conhecido como escândalo do mensalão. “Eu estou dizendo isso por respeito à inteligência dele. Se eu tivesse do presidente uma visão elitista e preconceituosa, diria que ele nada sabia. Lula é um homem brilhante para muitas coisas e inconseqüente para outras. Como é brilhante para muitas, sei que era impossível armar um esquema, com tantas ramificações, sem estar sob o comando direto dele. Isso seria impossível” afirmou a candidata.

Nos programas eleitorais dos dois candidatos tanto o Estado de São Paulo quanto o Brasil aparecem como países desprovidos de problemas, de pobreza e de violência. Em relação a este último tema, Heloisa afirmou que PT e PSDB foram irresponsáveis e Lula foi incapaz de realizar um pacto com governadores para enfrentar a questão do aumento da violência. Heloisa acredita que é a única que apresenta chances de disputar um segundo turno onde as principais diferenças programáticas sejam apresentadas ao país.

Um segundo turno entre tucanos e petistas seria “mais do mesmo remédio”, continuidade do neoliberalismo e da política de retirada dos direitos dos trabalhadores. Um bom exemplo disso é que os dois adversários se reúnem frequentemente com os banqueiros, buscando recursos para suas milionárias campanhas e jurando continuidade da política de superávit primário e manutenção dos extorsivos juros.

Lula reúne no Palácio do Planalto com os principais empresários e banqueiros, os quais devem estar muito satisfeitos com os lucros obtidos. Alckmin reúne às escondidas, fala contra os juros para agradar a classe média de dia e à noite reza na cartilha dos banqueiros.

Só Heloisa Helena pode enfrentar a especulação financeira e libertar nosso país das amarras que impedem o seu desenvolvimento. É por isso que Heloisa já está em segundo lugar em importantes estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas e no Rio Grande do Sul dobrou sua votação.

Heloisa é a única capaz de enfrentar Lula no segundo turno, pois é a única com um programa de esquerda e com coragem para mudar as regras do jogo.

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che mst dejate de joder piantavotos
Por el caballero rojo - Monday, Aug. 28, 2006 at 5:03 PM

desde q empezaste con esta campañita de apoyo. helena cayo al 10% y lula subio al 57%. no hay segunda vuelta.

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no soy del mst "caballero Rojo" que de rojo no tenes nada
Por merci - Monday, Aug. 28, 2006 at 8:02 PM

lee ya mismo Jornal do Brasil de ayer domingo, el diario de mayor tirada en Brasil : encuesta nacional de IBOPE, 17% Heloisa Helena, adonde cayó en las encuestas?????? , el que cae en picada sos vos "Caballero Rojo " y no tenes retorno.

estas deseoso que gane LULA, sos funcional a LULA con tal que no gane un frente de izquierda que levanta la independencia de clase, vos cualquier cosa.

¡¡¡ y si saca el 10% Heloisa Helena un partido recien creado en Brasil , cual es??? está barbaro. descollante!!!

nunca seran los 500 votos del PT "trucho" de Pitrola, Altamira y PO en Uruguay, seran millones de brasileños que giraran a la izquierda del PT. cayate "Caballero Rojo" no existis tu micromundo es pequeño, pequeño, pequeño y pequeño y terminarás pequeño.

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Cesar Benjamín: Ex-petista, o vice de Heloísa
Por PSOL/PSTU/PCB frente de esquerda - Monday, Aug. 28, 2006 at 10:31 PM


Assessoria de Comunicação
28 de agosto de 2006
Jornal O Povo - CE


César Benjamin ajudou a fundar o PT, saiu do partido disparando forte contra Lula e os companheiros muito antes deles chegarem ao poder. Responsável pelo programa de governo da candidata do PSOL à presidência, além de seu companheiro de chapa, ele define Lula como uma "liderança fraca"

Ele tem o perfil clássico de um militante de esquerda. Lutou contra a Ditadura Militar (1964-85), viveu na clandestinidade, foi preso político e exilado. Em 1980, ajudou a fundar o PT, do qual saiu em 1995, depois de participar da direção nacional do partido. De lá para cá, o economista César Benjamin, 52 anos, dedicou-se à carreira acadêmico e fundou a Editora Contraponto.

Neófito em disputa eleitoral, o carioca César aceitou o desafio de ser candidato a vice-presidente na chapa de Heloísa Helena (PSOL). Coordenador do programa de governo do PSOL, ao qual é filiado, o candidato diz que se chegar ao poder, pretende baixar a taxa de juros, dos atuais 15% ao ano, para cerca de 4%, e adotar outra medida igualmente ousada: reduzir para 300 o número de cargos de confiança do governo federal, hoje mais de 21 mil. "Essa barganha é a face pública da corrupção", diz.

Nessa entrevista exclusiva ao O POVO, durante passagem recente pelo Ceará, onde esteve fazendo campanha, o candidato, em tom professoral, rechaça a proposta de reforma política defendida pelo presidente Lula e diz acreditar que o PSOL tem chances de chegar ao segundo turno.

Confira os principais trechos. (Erivaldo Carvalho)

OP - O PSOL é uma candidatura anti-Lula?
César Benjamin - Não. Até porque o Lula é uma liderança fraca. É uma pessoa que independentemente de obter ou não um segundo mandato, não terá uma presença expressiva na História do Brasil. Porque o Brasil hoje precisa de uma grande mudança de rumo, e o governo Lula, certamente, não representa isso.

OP - O senhor passou quinze anos no PT, para dizer isso agora?
César - Não. Agora não. Eu passei 15 anos, de 80 a 95.

OP - Tudo bem. Mas durante os 15 anos que foi petista?
César - Nesse período o PT era um partido que era uma exceção, um partido jovem. Com uma militância aguerrida. Se o PT ganhasse as eleições de 89, a história contemporânea do Brasil certamente seria outra. Nós tínhamos movimentos sociais avançados, um partido jovem e militante, não corrompido. Acontece que a história foi madrasta com o PT. Só foi ganhar em 2002, quando já tinha perdido essa capacidade questionadora.

OP - É um vácuo que a campanha do PSOL pretende ocupar?
César - A campanha da Heloísa Helena é marcada por uma coisa na política brasileira, que é a coerência entre o discurso e o gesto. No momento em que o PT assumiu o governo e começou a montar políticas que são o contrário do que o PT sempre defendeu, Heloísa teve um gesto, que naquele momento, foi um pouco suicida. Ela, quase isolada, se revoltou e foi expulsa do partido. Teve um momento simbólico nisso que foi quando o Lula escolheu o Delúbio Soares (ex-tesoureiro) para apresentar a proposta de expulsão da Heloísa Helena.

OP - Há um pouco de vitimização nesse processo, não?
César - Acho que não, porque a Heloísa tem uma força muito grande.

OP - A estratégia então, é quebrar a polarização entre Lula e Alckmin (PSDB)?
César - A sociedade brasileira não quer uma falsa polarização Lula-Alckmin. E Heloísa se reapresenta agora tendo a seu favor sua história de vida. A coisa é a palavra. Você chega na televisão e fala o que quiser. Outra coisa é a coerência.

OP - Qual a estratégia de campanha do PSOL?
César - Nossa estratégia é a simplicidade e a autenticidade. O povo está sentindo isso. O povo vê aquele programa de televisão do Lula, cada programa daquele deve custar um milhão, dois milhões. Aquela coisa imponente, aquele discurso redondo, aquela produção maravilhosa. O povo já está cansado desse tipo de campanha. É uma indústria de manipulação da opinião pública.

OP - Qual o eixo central da proposta de governo do PSOL?
César - Dois grupos grandes vão perder, se nós ganharmos. Primeiro, o sistema financeiro. O sistema vem sendo beneficiado há muitos anos, por taxas de juros indecentes, que fazem com que o Brasil pague hoje cerca de R$ 160 bilhões anuais em juros ao sistema financeiro. Todo o gasto do Brasil na educação pública é R$ 20 bilhões. Para cada real aplicado na educação, oito são gastos com especuladores financeiros. Esse grupo vai perder. O segundo grupo que vai perder é o conjunto de grupos políticos que vive de lotear e parasitar o Estado brasileiro. No primeiro mês vamos compor uma equipe de governo, que eu acho que vai ter em torno de 300 pessoas.

OP - Como isso vai acontecer? Hoje são cerca de 21 mil cargos de confiança.
César - Esses 21 mil cargos vão desaparecer. Fora essa equipe do governo (300), todos os cargos brasileiros vão ser preenchidos por funcionários concursados por critérios de mérito. Acaba o processo de composição do Estado por barganha política. Isso exigirá um novo tipo de relação entre o Executivo e o Legislativo. Essa relação hoje é feita através dessa barganha. Essa barganha é a face pública da corrupção.

OP - Então o presidente Lula tem certa razão quando propõe uma reforma política...
César - Ele não tem razão porque ele está fazendo diversionismo. A primeira reforma política que tem que ser feita é alterar a relação do Executivo com o Congresso Nacional e defender o Estado Nacional desse fisiologismo da corrupção. O Lula está fazendo o contrário. Ele acabou de entregar os Correios ao (senador José) Sarney (PMDB-AP), ao (senador) Jáder Barbalho (PMDB-PA), ao Renan (Calheiros, PMDB-AL). O que o Jáder Barbalho quer tanto controlando os Correios? Será que ele quer que as cartas cheguem mais rápidas no Brasil? Ou será que ele sabe que os Correios manejam um orçamento de R$ 8 bilhões?

OP - Qual a expectativa para essa fase da campanha?
César - Nós começamos a campanha com 4%. Na última pesquisa, nós tínhamos 12%. Isso significa que Heloísa, em certos períodos desse primeiro mês, chegou a ganhar 250 mil votos novos por dia. Cada ponto percentual no plano nacional é 1,2 milhão de votos. Quem ganha oito pontos percentuais ganhou mais de 10 milhões de votos. A Heloísa é a surpresa dessa eleição.

OP - O que será feito para tentar levar Heloísa para o segundo turno? Pelas últimas pesquisas, se houver, dificilmente Heloísa estará lá.
César - Por enquanto, Heloísa está fora, mas nossa distância para o Alckmin era de mais de vinte pontos percentuais no início da campanha, e está chegando a nove pontos percentuais agora. Se essa tendência se mantiver, em dois meses nós estaremos empatados com Alckmin, indo para o segundo lugar.

OP - Como o PSOL vê a política econômica?
César - O governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) pegou uma dívida interna de R$ 65 bilhões. Gastou R$ 620 bilhões e entregou para o Lula uma dívida de R$ 650 bilhões. É uma trajetória completamente irracional. O Lula assumiu, gastou mais 420 bilhões, e essa mesma dívida está em um tri. A primeira decisão relevante do próximo governo é decidir se vamos reafirmar essa trajetória ou interrompê-la. O PSDB e o PT já mostraram o que vão fazer.

OP - Moratória está nos planos?
César - Pela proposta, será uma redução dramática da taxa de juro. Um país que cresce 2,3% ao ano, que paga juros de 15%, essa conta não fecha. Se estabelece uma corrida da tartaruga contra a lebre. Quanto mais o Brasil paga, mais o Brasil deve. Como economista, eu sei que não se pode fixar uma taxa para o ano que vem. Mas se deixarmos em 4% ainda seria uma das três maiores taxas do mundo. Com algumas tecnicalidades, a gente conseguiria uma economia entre R$ 50 e 70 bilhões. Se a gente conseguir liberar esse dinheiro, inicia-se uma nova forma de relação do Estado com a sociedade e puxa o investimento privado.

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Es jabón pero tiene gusto queso
Por SE cayó la farsa del PSOL - Tuesday, Aug. 29, 2006 at 1:27 AM

che Merci en sério:O mentís o no tenés la más pálida idea de nada. El JB es un diario quebrado, comprado por Tanure, el de los astilleros. La tirada del JB es 23mil /dia. En su fase aúrea(aristocratica) la tirada llegó a 220mil/dia.

Otra cosita gil: El Psol se come la cola porque su electorado, alrededor del 10%, viene del PSDB lo que inviaviliza una segunda vuelta. Esto no es político, es estatístico. (analisá las encuestas de Sensus para la Fiesp)
La coherencia política del HH se dá en que su discurso moralizador tipo "ley y administración" le caee bien justamente a sectores del PSDB de Alckimin, fuera, es claro, el caudal de votos prestado por Garotinho, entorno del 5% del total.

Saludos,

Tito

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se te inflama la yugular POPO
Por tito popo - Tuesday, Aug. 29, 2006 at 10:44 AM

cuando no mevotan a mi ( POpO )los votos vienen de los partidos de la burguesia. Es ley del secta ultraizquierdista que sigue mintiendo. HH es la sorpresa de Brasil y el electoraddoes variado, es ruptura del PT , del PSDB y de toda la vieja politica . esta mal?? popo. En tucuman y en sala ta al Po lo voto el frepaso y la UCR y eso esta bien porque es ruptura de la vieja politica segui el mismo analisis POPO y no demonizes lo que no te conviene, par ajustificar tu politica erronea y funcional de no apoyar en brasil al frente de izquierda y a HH hasta con criticas como hace el PTS,

les bajaron a RUI Pimienta ´presidente del PCO, "causa operaria" y no tienen candidatos en los estados, son de papel. debilitados por su politica criminal de irse del pt en el 91, hasta estan redivididos con el LBI otra micro secta terminal.


po y altamiristas otra politica erronea en brasil como en bolivias y en uruguay , no existen en latinoamerica, el morenismo avanza y se consolida.


encuestas de ibope que estan en todos los diarios de brasil, incluido jornal do brasil, o globo, folha, fataphola, no encuestas de calle de ZERO HORA de Porto alegre, (el pagina 12 de lula) LULA 44 % HH 12% y varia a 14% 15% y no tiene techo con 2º lugar en Rio, Alagohas, Ceara, Rio Grande do Sul.Igual no llegara al 2 turno sera una eleccion de millones a la izquierda radical brasileña un hecho historico sin prededentes de un partido creado hace 1 año.

ppoppo fueron a uruguay y sacaron 500 votos ????

millones vamos a contar en brasil y millones se van a organizar con el morenismo. sigan asi , me encanta que se siguen equivocando y sigan con esa politica 100 x 100% de izquierda tambioen en brasil.
NO ENTIEDEN NADA y se da con choques con la realidad de un forma espectacular

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Gilberto GIl, artistas e intelectuales apoyan al frente de izquierda y a Heloisa Helena
Por frente de izquierda / PSOL/PSTU/PCB - Tuesday, Aug. 29, 2006 at 12:15 PM



29/08/2006 JORNAL DE BRASÍLIA Opinião Jornais & Revistas – matéria retirada da Internet
ARTIGO I

Na casa de Gilberto Gil
Jorge Antunes

Ficou tudo acertado. A reunião aconteceu no apartamento do cantor e compositor Gilberto Gil. Era noite de quarta-feira, 1º de maio de 2002, Dia Mundial do Trabalho. Lá estavam o então candidato Lula, a Flora, o Chico Buarque, Caetano, Paula Lavigne, Djavan, Wagner Tiso, o rapper MV Bill e o empresário Celso Athayde. Luiz Inácio Lula da Silva queria apoio de artistas para a elaboração de projeto para a área de cultura do PT. Propunha uma "aliança cultural, política e econômica".
A reuniãozinha era indício do futuro desastre. Ela servia apenas para dar um empurrão nas pretensões do futuro ministro bufão de um presidente truão. Servia também para marcar o formato e o conteúdo vazio que iriam enfeitar as ruas de Paris nas mamatas empresário-estatais do Ano do Brasil na França.
A política cultural do governo Lula foi uma hecatombe. Um programa para a área cultural foi estabelecido, de última hora, em fins de 2002, às vésperas das eleições. No documento alguns pontos indicavam simples promessas de se contemplar velhos anseios da comunidade cultural brasileira. Hoje se confirmam minhas certezas de janeiro de 2003: tudo não passava de letra morta no papel, fruto de incansável trabalho dos hoje desiludidos membros da Comissão de Cultura da Frente Popular. O programa cultural pré-eleitoral de Lula era vago e cheio de frases de efeito: novos mecanismos de financiamento, distribuição justa de recursos, reforma do Ministério da Cultura etc.
O pacto feito na casa de Gil, em 2002, foi integralmente cumprido: estabeleceu-se a prática da monocultura, em que somente a arte comercial tem apoio e espaços. A política cultural da monocultura bem se afina com aquela política do monopartido que vigora na falsa polarização PSDB-PT. Os governos pró-imperialistas que querem se perpetuar no poder têm consciência da ameaça que a Cultura e a Educação podem impor a seus objetivos. Para eles são perigosíssimos o livro, a leitura, a alfabetização, assim como a arte livre e revolucionária. A privatização do apoio à cultura é o caminho para a concretização desse pensamento: os empresários e os banqueiros passam, por meio das leis de incentivo fiscal, a ter o poder de escolha, seleção e censura de projetos culturais.

1/2

29/08/2006 JORNAL DE BRASÍLIA Opinião

A democratização da cultura, em seus aspectos de produção e fruição, nunca se concretizará se a deixarmos à mercê do mercado. Não são os empresários e o público consumidor que hão de sustentar a nova e revolucionária produção artística, porque o retorno desse tipo de arte é de longo prazo. O neoliberalismo entrega todas as rédeas de nosso futuro à iniciativa privada. Ao bandido são entregues o ouro, o lucro, a segurança nacional, o poder decisório, o controle da informação e da comunicação e também o recriado poder de censura. A Lei do Mecenato, nos moldes em que vem sendo implementada, nada mais faz do que privatizar o apoio à cultura.
Passaram-se os quatro anos tão sofridos para a classe artística brasileira. Em 2006, faltando um mês para a votação, apenas a Frente de Esquerda, liderada por Heloísa Helena, apresenta uma proposta clara de política cultural. Lula, Eimael, Cristovam, Piva e Alckmin são totalmente omissos com relação a esta área que precisa ser tratada como questão estratégica: a Cultura. Os candidatos à presidência precisam se conscientizar de que a cultura e as artes, melhor do que o comércio, a indústria e as Forças Armadas, provocam a admiração e o respeito internacional. É justamente a intensidade do apoio às artes brasileiras que irá determinar, em termos políticos para o Brasil, a opção entre hegemonia, aliança ou submissão.
A política de difusão da arte e da cultura deve estar voltada à diversidade social do público. A boa política cultural será aquela em que brincantes de maracatu e de bumba-meu-boi, bonequeiros, atores, músicos, cineastas, escritores, compositores de sinfonias e óperas, repentistas, compositores de música popular, profissionais da dança, bandas, cordelistas, orquestras, artistas plásticos, fotógrafos, artistas circenses, grupos de rock, chorinho, pagode, samba, funk e hip-hop terão condições e espaços ideais para suas manifestações artísticas.
Esperemos que novas reuniões na casa de Gil não dêem continuidade ao projeto de um Ministério da Cultura do tipo casa-da-mãe-joana, onde quem manda são os cineastas-industriais que gritam e esperneiam na imprensa, amedrontando o Planalto, com o aval de músicos filhos-do-jabá, mancomunados com as multinacionais do disco.

Jorge Antunes é maestro e compositor

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