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Dos males, o menor ou quanto pior, melhor?
Por Luana Vasquez - Thursday, Oct. 21, 2010 at 4:43 PM

Muitos pretensos esquerdistas dizem que vão votar nulo. Em primeiro lugar, o voto, não importando se nulo ou válido, legitima as eleições burguesas. Segundo, o voto nulo passa a idéia de que todos os políticos são iguais, levando o povo à inércia política.

Muitos pretensos esquerdistas dizem que vão votar nulo. Em primeiro lugar, o voto, não importando se nulo ou válido, legitima as eleições burguesas. Segundo, o voto nulo passa a idéia de que todos os políticos são iguais, levando o povo à inércia política. Isso facilita o trabalho de exploração da burguesia.

Tais esquerdistas responsabilizam Lula/Dilma e o PT por não terem feito a revolução proletária, como se o capitalismo fosse superado através de voto. Esquecem esses esquerdistas ultra-revolucionários que as reformas não são suficientes mas são necessárias e que se o voto mudasse radicalmente a realidade, ele já teria sido abolido.

De acordo com Lênin,

"A onipotência da 'riqueza' é tanto melhor assegurada numa república democrática quanto não está sujeita a uma crosta acanhada do capitalismo. A república democrática é a melhor crosta possível do capitalismo. Eis por que o capital, depois de se ter apoderado dessa crosta ideal, graças aos Paltchinski, aos Tchernov, aos Tseretelli e consortes, firmou o seu poder de maneira tão sólida, tão segura, que nenhuma mudança de pessoas, instituições ou partidos, na república democrática burguesa, é suscetível de abalar esse poder.

É preciso notar ainda, que Engels definiu o sufrágio universal de uma forma categórica: um instrumento de dominação da burguesia. O sufrágio universal, diz ele, considerando, manifestamente, a longa experiência da social-democracia alemã, é o indício da maturidade da classe operária. Nunca mais pode dar e nunca dará nada no Estado atual.

Os democratas pequeno-burgueses, do gênero dos nossos socialistas-revolucionários e mencheviques, e os seus irmãos, os social-patriotas e oportunistas da Europa ocidental, esperam, precisamente, "mais alguma coisa" do sufrágio universal. Partilham e fazem o povo partilhar da falsa concepção de que o sufrágio universal, 'no Estado atual', é capaz de manifestar verdadeiramente e impor a vontade da maioria dos trabalhadores."

Acho que os dois candidatos são burgueses e se posicionam em favor da burguesia e contra o proletariado. Mas há diferença, por mínima que seja, entre ambos. Serra é pior do que a Dilma. Uma prova disso é que ele, ao tachar Dilma de terroristas, absolve os criminosos (militares golpistas) e a condena suas vítimas, no caso, a Dilma Rousseff. Segundo Murph, não há nada tão ruim que não possa piorar. Acho que votar no Serra é apostar no "quanto pior, melhor". Melhor prá quem? Prá burguesia, Cara-Pálida. Da minha parte, mesmo sabendo que o voto não muda nada, vou votar em Dilma. Dos males, o menor.

Votar nulo nessas eleições equivale a equiparar Dilma Rousseff, que enfrentou os terroristas militares, a José Serra, que ao tachar Dilma de terrorista, absolve os criminosos e condena suas vítimas.

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