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Defesa incondicional da Nacao Libia Diante da ocupacao imperialista
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Saturday, Feb. 26, 2011 at 6:35 PM
lbiqi@hotmail.com

Uma posição revolucionária neste exato momento passa por estabelecer uma frente única militar com as forças que estejam dispostas a lutar na defesa do atual regime, contra os rebelados da reação imperialista e da monarquia, com absoluta independência de classe do governo nacionalista burguês

ONU E OTAN PREPARAM INTERVENÇÃO MILITAR

DEFESA INCONDICIONAL DA NAÇÃO LÍBIA DIANTE DA OCUPAÇÃO IMPERIALISTA

O cenário montado pelo imperialismo está sendo armado para a intervenção militar. A Líbia já está dividida com a oposição reacionária controlando o leste e a zona litorânea rica em petróleo. Em paralelo, a ONU, a OTAN e o imperialismo ianque e europeu estão acertando os últimos detalhes para a ofensiva desta semana que entra. Obama já assinou uma ordem executiva para congelar todos os ativos da Líbia nos bancos americanos, na primeira de uma série de sanções anunciadas ,além de suspenderam as operações em sua embaixada na Líbia. Já o Conselho de Segurança da ONU decidiu "aplicar medidas decisivas o mais rápido possível". O documento final inclui a declaração de um embargo de exportação de armas à Líbia, assim como o congelamento dos bens e a proibição da cúpula do regime líbio de viajar, além de acionar o TPI para julgar os "crimes contra a humanidade”, supostamente cometidos por Kadaffi. Por sua vez, a OTAN, em conjunto com o pacote de bloqueio econômico da União Europeia enviará navios e aviões para águas próximas à costa da Líbia. Diante da orquestração militar do imperialismo, Kadaffi tenta negociar sua permanência "honrosa" diante da possibilidade da fragmentação do pais. Como representante da burguesia nacional teme um enfrentamento frontal com o imperialismo , ainda que o custo político de sua capitulação seja a liquidação do regime nacionalista que sobrevive no pais .O verdadeiro movimento de massas que ocupou as ruas de Tripoli para exigir condições políticas e militares para combater os "insurretos" pró retorno da monarquia, esperam mais que retórica da liderança de Kadaffi.

A esquerda revisionista, para melhor camuflar sua traição, declara cinicamente que se houver uma intervenção da OTAN será em socorro de Kadaffi e segue reproduzindo como papagaios da grande mídia imperialista os "ataques sanguinários" contra os "insurretos" partidários da monarquia do rei Idris.

O Secretário-Geral da macabra organização militar imperialista, a OTAN, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que os ministros de Defesa dos países membros pretendem criar uma zona "exclusiva”, ocupada por aeronaves e vasos de guerra diante da costa marítima líbia: "Se trata de um espaço aéreo e marítimo controlado exclusivamente pelos aliados, que teriam luz verde para levar a cabo ações de intervenção rápida, no momento que considerassem necessárias" (O Estado de São Paulo, 26/02), explicou Rasmussen sem oferecer outros detalhes. O porto de Valletta está repleto de navios de guerra da França, Alemanha, Reino Unido e Malta, entre embarcações militares de outros países. Segundo Rasmussen "A OTAN tem a sua disposição alguns ativos que podem ser úteis no esforço de coordenação... Para outras ações precisamos de legitimidade internacional, em particular, de uma mensagem clara das Nações Unidas" (Idem). Não por coincidência a "rebelião" começou em Bengazi e os "insurretos" concentram-se nas cidades em sua volta, próximas aos mais ricos campos petrolíferos da Líbia e na região que aglomera a maior parte dos seus oleodutos e gasodutos, refinarias e o seu porto de gás natural liquefeito.

Como parte da armação desse cenário, Obama considera que as atuais circunstâncias representam uma "ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos EUA" e arrematou "O governo de Muammar Gaddafi violou normas internacionais e a decência comum e tem que responder por suas ações. Apoiamos firmemente os líbios em sua exigência de que sejam respeitados os direitos universais e em sua reivindicação de um governo que responda a suas aspirações" (O Estado de São Paulo, 26/02). Em resumo, a Casa Branca pede a cabeça de Kadaffi.

Completamente desmoralizada, a esquerda que alardeia histericamente uma "revolução contra a ditadura na Líbia" agora é desmascarada com os preparativos da intervenção militar da OTAN "por suas nobres razões humanitárias".

Segundo a grande imprensa burguesa mundial, esta "onda revolucionária" made in USA já chegou a Síria, outro regime com sérias fricções com o imperialismo. O The Guardian anuncia que a "Tensão chega agora à Síria. O aparato de segurança do presidente sírio, Bashar al-Assad, reprimiu manifestações em apoio aos protestos antigovernamentais em outros países árabes. A tensão aumenta na capital síria, Damasco, após o terceiro protesto pacífico em três semanas, a multidão foi violentamente dispersada. Há cada vez mais relatos de intimidação e de bloqueio de comunicações pelos serviços secretos, na esteira dos distúrbios violentos em países árabes vizinhos" (The Guardian, 25/02). Com já alertamos, a Líbia hoje, amanhã o Irã e a Síria são os alvos prioritários do imperialismo e do sionismo para concluir o processo de transição política na região.

Lembremos que boa parte do arco revisionista que saúda febrilmente a tal "revolução árabe" também foi e é partidária da farsesca "revolução venezuelana" comandada por Chavéz, o "Kadaffi do Século XXI". Temendo por si mesmo os efeitos da ofensiva imperialista, o presidente venezuelano acaba de dar declarações em apoio ao dirigente líbio, afirmando em sua conta na rede social twitter no dia 24/02: "Viva a Líbia e sua Independência! Kadafi enfrenta uma guerra civil!!". Seria cômico se não fosse trágico ver essas mesmas correntes pseudotrotskistas que saúdam as "mobilizações contra a ditadura na Líbia" serem acossadas e desmoralizadas por manifestações supostamente "democráticas" patrocinadas pela direita golpista na Venezuela, ainda mais em um ano pré-eleitoral, inspiradas nos ventos de "mudança" trazidos do Oriente. Para serem coerentes esses senhores deveriam se unir à reacionária direita golpista na Venezuela, assim como estão unidos aos monarquistas do rei Idris na Líbia, para "derrotar as ditaduras de Chávez e Kadaffi”, pois assim o imperialismo define os regimes nacionalistas burgueses nestes dois países.

Os próximos dias serão decisivos. Kadaffi afirmou em seu pronunciamento na Praça Verde neste 25 de fevereiro que abrirá os depósitos de armas e munição para os militantes nacionalistas, mas até o momento busca desesperadamente uma negociação com o imperialismo. Sua perspectiva histórica parece ser a mesma de Sadam Husseim, ou seja, uma capitulação vergonhosa, o que em nada modifica a posição marxista de apoio incondicional a um pais semicolonial frente a uma intervenção imperialista. Uma posição revolucionária neste exato momento passa por estabelecer uma frente única militar com as forças que estejam dispostas a lutar na defesa do atual regime, contra os rebelados da reação imperialista e da monarquia, com absoluta independência de classe do governo nacionalista burguês.

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

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