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Colpaso da ocupaçao no Iraque: OTAN prepara instalaçao de base militar na Líbia
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Monday, Feb. 28, 2011 at 1:29 PM
lbiqi@hotmail.com

A luta contra a ocupação imperialista no Iraque está neste momento intimamente ligada à batalha por defender a nação líbia da investida belicista genocida da OTAN, voltada a impor uma nova base militar na região para aprofundar sua ofensiva contra os povos e nações semi-coloniais.

DIANTE DO COLAPSO DA OCUPAÇÃO NO IRAQUE

OTAN PREPARA A INSTALAÇÃO DE UMA NOVA BASE MILITAR NA LÍBIA

Uma gigantesca manifestação batizada como "Dia da Ira" paralisou a capital do Iraque, Bagdá e outras cidades do país, no último dia 25, apesar do toque de recolher determinado pela marionete dos EUA no país, o premier Al-Maliki. Antes e depois do protesto, vários ataques com carros-bombas já haviam destruído importantes refinarias, em um claro sinal de que a luta do povo iraquiano não é "apenas" contra a corrupção, a falta de empregos e o déficit generalizado de alimentos, eletricidade e água como vende a grande mídia, mas fundamentalmente em oposição à ocupação imperialista em curso. Dezenas de manifestantes foram mortos em Mossul e Hawiya, milhares ficaram feridos em Bagdá. Esse quadro de crescente instabilidade no Iraque é uma das razões invocadas na última reunião da OTAN para invadir a Líbia, a fim de instalar uma nova base militar na região, mais segura e moderna, usando cinicamente como pretexto a necessidade de prestar ajuda humanitária e auxiliar na "luta pela democracia" no país de Kadaffi, assim como em todo norte da África e no Oriente Médio.

Centenas de milhares de iraquianos se uniram às marchas em Bagdá para protestar. O principal eixo da manifestação foi repudiar o controle da extração de petróleo do país pelas transnacionais ianques e exigir a retirada das tropas estrangeiras e os mercenários do Iraque. Durante as manifestações da Praça Tahrir de Bagdá a polícia antimotins, apoiada por veículos blindados e gases lacrimogêneos, impediu o acesso de numerosos manifestantes, que responderam à tentativa de dispersar-los. Além de Bagdá, as cidades de Basora, Kirkuk, Sulaimaniya e outros povoados do interior têm sido palcos de reivindicações populares nas últimas semanas, algumas das quais desembocaram em feroz repressão contra os manifestantes.

Al-Maliki ordenou à polícia proibir a circulação de automóveis pelas ruas de Bagdá, ao mesmo tempo que interditou a passagem de uma das principais pontes de acesso à praça Tahrir, alegando que os protestos e os ataques às refinarias estavam desestabilizando o país. Neste último sábado, 26, um grande incêndio levou ao fechamento da maior instalação petrolífera no norte do país. Na cidade de Samawa, uma segunda refinaria foi destruída devido ao fogo. Para os lacaios de Washington "O ataque faz parte de um plano terrorista que visa as instalações petrolíferas do Iraque e tem como objetivo minar o Ministério do Petróleo, depois do seu êxito no fornecimento de produtos de petróleo" (O Estado de São Paulo, 27/02), mas a realidade é que se tratam de atos de resistência contra a espoliação do país pelas tropas de ocupação associadas às grandes irmãs do petróleo.

Nesse quadro de instabilidade crescente, o exército ianque recuou para os quartéis iraquianos que na verdade são bases militares dos EUA em pleno funcionamento, com mais de 50 mil soldados norte-americanos, apesar da farsa montada pelo governo Obama anunciar em seu discurso presidencial anual que em 2011 estará concluída a retirada das tropas de ocupação. Agora, a polícia local treinada e assessorada pelos EUA está responsável pela repressão direta às manifestações, como ocorreu nestes últimos dias e os mercenários de Blackwalter, atual "Bagdá da Xe" ou da Triple Canopy, atuam como força de segurança especial, para perseguir os membros da resistência iraquiana que avança no controle de várias cidades no Iraque e a fornecer proteção aérea para comboios de diplomatas norte-americanos.

Todos esses elementos têm levado o imperialismo ianque a reforçar sua pressão pela intervenção militar imediata da OTAN na Líbia. O próprio fornecimento do petróleo iraquiano para os EUA já está seriamente comprometido com as ações "sabotadoras" dos rebeldes anti-imperialistas. Por isso, os trustes petrolíferos norte-americanos salivam pelos poços da Líbia, onde são proibidos de operarem por força constitucional da revolução nacionalista de 1969, mais além dos desejos de Kadaffi fazer as pazes com os Clintons e Obamas.

Não é por acaso que Obama exige que Kadaffi deixe o governo "agora!". Essa nova base militar no Magreb serviria para reforçar a presença bélica das grandes potências capitalistas na região e seria montada em território líbio legitimada pelo manto da farsesca "luta pela democracia" e "contra a ditadura de Kadaffi", uma justificativa política inclusive apoiada pelo grosso da esquerda mundial, as ONGs e a social-democracia. Diferente da ocupação militar do Iraque, levada a ferro e fogo pelo imperialismo ianque, agora se valendo dos "ventos democráticos" que manipula na região, a Casa Branca deseja instalar uma base na Líbia por meio da invasão do país pela OTAN como parte de uma grande operação política apoiada pela chamada "opinião pública mundial" e tendo o respaldo da esquerda que defende, como a LIT, "a mais ampla unidade de ação com todos os setores, inclusive os burgueses descolados do regime, para acabar com esta ditadura genocida entrincheirada" (Sítio do PSTU, 26/02/11).

A luta contra a ocupação imperialista no Iraque está neste momento intimamente ligada à batalha por defender a nação líbia da investida belicista genocida da OTAN, voltada a impor uma nova base militar na região para aprofundar sua ofensiva contra os povos e nações semi-coloniais. Por essa razão, ao mesmo tempo que nos somamos aos manifestantes iraquianos pela derrota e expulsão das tropas de ocupação e dos mercenários ianques, chamamos nestes dias decisivos e cruciais pelo estabelecimento de uma frente única militar com as forças que estejam dispostas a lutar na defesa do atual regime líbio, contra os rebelados da reação imperialista e da monarquia, com absoluta independência de classe do governo nacionalista burguês de Kadaffi, que se mostra impotente para levar adiante um combate consequente contra a agressão ianque. Lutemos pela via da ação direta das massas por derrotar a ocupação imperialista imposta no Iraque e a que está sendo orquestrada pela ONU e a OTAN na Líbia!

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

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