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Verdades e mentiras sobre o regime vigente na Libia
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Wednesday, Mar. 02, 2011 at 8:37 AM
lbiqi@hotmail.com

Leia abaixo o Editorial do Jornal Luta Operária nº 209, Segunda Quinzena de Fevereiro de 2011 e logo a seguir o sumário completo desta edição

Verdades e mentiras ...
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EDITORIAL

VERDADES E MENTIRAS SOBRE O REGIME VIGENTE NA LÍBIA

Uma poderosa campanha mundial de "mídia e de massas" está se reproduzindo mais uma vez, o alvo agora é o agonizante regime político da Líbia, instaurado por um levante nacionalista em 1969 liderado por militares anti-imperialistas que na época flertavam com a política internacional da antiga URSS. Tendo à frente deste processo insurgente o jovem coronel Muammar Kadaffi, logo a Líbia viria a transformar-se em epicentro da luta contra as monarquias corruptas do Oriente Médio e na vanguarda dos enfrentamentos contra o enclave imperialista na região, o Estado terrorista de Israel. Mas, a ascensão política de Kadaffi correspondeu historicamente ao descenso nacionalista (panarabista) dos regimes do Egito, Síria e Jordânia. Após a última guerra contra Israel em 1973, Yom Kippur, os setores nacionalistas da burguesia árabe passaram a admitir a existência de Israel pactuando um "acordo de paz" diretamente com o imperialismo norte-americano. Contraditoriamente a guerra do Yom Kippur foi a maior possibilidade aberta de se derrotar militarmente o poderoso gendarme de Israel. Restaram os chamados "órfãos" deste novo desenho de "armistício" com o sionismo abençoado pelos EUA, a OLP de Yasser Arafat e o regime de Kadaffi que insistia em levar adiante tanto o combate a Israel como as recorrentes fricções com o imperialismo ianque. A partir de então o regime líbio passa a assumir um "colorido" ainda mais radical do que o do velho nacionalismo árabe.

No final da década de 70, isolado pelos antigos aliados, Kadaffi chega a apoiar-se no próprio movimento de massas de seu país para impulsionar o que chamou de "reformas socialistas", introduzindo medidas de cunho progressistas como a socialização das terras e a coletivização das vivendas urbanas. No campo das reservas de petróleo, reafirma o modelo de exploração nacionalista, ainda que abrindo um regime especial de concessões a empresas estrangeiras. O proletariado líbio e as massas camponesas tribais obtiveram uma significativa elevação em seu padrão de vida, apesar de que a economia da Líbia esteve muito longe de ser considerada socialista. Muito mais além da verborragia do "socialismo verde", o capitalismo continuava a reproduzir seu modo de produção e acumulação na Líbia. Neste período, apoiado ainda na existência da URSS, Kadaffi começa a financiar ações de ataques a alvos imperialistas, uma espécie de "foquismo internacional", o que custou caro ao povo líbio bombardeado e sabotado pelo império ianque por mais de 20 anos.

No início dos anos 90, com a vaga mundial contrarrevolucionária que liquidou os Estados operários burocratizados do Leste europeu e a própria URSS, Kadaffi "amarelou" diante da brutal ofensiva imperialista, tentando passar incólume diante de um novo mapa mundi configurado pela chamada "nova ordem mundial". Na década passada, com o "perdão" concedido pela ONU, Kadaffi promove um realinhamento político de seu regime nacionalista, aproximando-se consideravelmente do imperialismo europeu e da China. Neste marco, aproveitando-se de brechas existentes na falsa "constituição socialista" permite que gigantes do petróleo europeu como a ENI italiana, Total francesa, Repsol espanhola etc... passem a se instalar na Líbia em parceria com sua empresa estatal. Neste ponto específico, da prospecção e exportação de petróleo, é necessário que se diga claramente que apesar das concessões feitas o modelo líbio ainda é o mais "fechado" do mundo. Isto é reconhecido pela própria OPEP, que não morre de amores pelo caudilho líbio. Mesmo diante do realinhamento com o imperialismo ocorrido nos últimos anos, este processo não reverteu as conquistas das massas oriundas do período anterior, por esta razão as defendemos e convocamos o proletariado a se organizar de forma independente contra aqueles que desejam liquidá-las. Os governos do Irã e da Venezuela, ambos grandes produtores de óleo e "enfrentados" com os EUA estabelecem concessões muito maiores neste setor, inclusive a empresas norte-americanas como a Texaco, que mantém bases de extração e distribuição nestes países. Chávez que se diz "socialista" nunca cortou o fornecimento de petróleo para os EUA, apesar de ter alterado o antigo formato entreguista montado pela COPEI do ex-presidente Rafael Caldera na Venezuela. Como marxistas devemos nos balizar pela concreção das relações reais de produção e não na tagarelice de uma esquerda "cara-de-pau" e impressionista que copia os boletins da CNN e o próprio noticiário dos Marinho para concluir que o regime da Líbia se converteu em pró-imperialista, baseando-se nos apertos de mão que Kadaffi passou a dar em todos os presidentes imperialistas desde que estes atos lhe fossem permitidos. Para além dos gestos e intenções de Kadaffi estão os interesses sociais da classe operária, que definitivamente não pretende entregar suas reservas nacionais de petróleo nas mãos da "monarquia democrática" pró-ocidental que já se pronunciou pela quebra do monopólio estatal vigente na Líbia e pela abertura total às transnacionais norte-americanas.

É verdade que já não existem mais impulsos "nacionalistas" nos discursos e atos do decadente Kadaffi pós-queda do Muro de Berlim. Também é correto afirmar que o regime dos coronéis se orienta a gradualmente remover todas as conquistas das massas, produto de outra etapa histórica. Mas, os ritmos da transição que o império deseja imprimir ao Oriente Médio não podem esperar a "boa vontade" de Kadaffi e aproveitando-se dos ventos "contra a tirania" que sopram na região, nada melhor agora do que insuflar um setor da população líbia contra a "ditadura de esquerda", exatamente apoiando-se em uma parte do povo mais abastado que estabeleceu relações diretas com as corporações imperialistas instaladas em toda a região de Benghazi. Os meios de propaganda do império de hoje nada deixam a dever aos de Goebbels na Era nazista. Para isto transformaram rapidamente manifestações anti-Kadaffi organizada pela aristocracia de tribos alentadas pela CIA ao longo de décadas em uma "insurreição de massas" contra um "déspota sanguinário" que envia caças de última geração para bombardear "protestos populares". Não faltou sequer divulgar um suposto e patético ato de Kadaffi aumentando salários, a exemplo do que fizeram Ben Ali e Mubarak para tentar por fim à "insurreição" na Tunísia e no Egito.

As pulgas revisionistas estão em excitação máxima, em pleno orgasmo político assim como estiveram com cada "picaretada" que as "massas" desfechavam no Muro de Berlim. Salivam o sangue de Kadaffi derramado não pela classe operária, mas pelos facínoras da OTAN, considerados "aliados democráticos". Outros bucéfalos da esquerda que também acreditam em "Papai Noel" querem fazer crer que a intervenção militar da OTAN é para "ajudar Kadaffi a conter a revolução". E por último, ainda podem surgir os "derrotistas de ocasião", que nobremente agitam "nem OTAN, nem Kadaffi" como fizeram na invasão do Iraque alegando o caráter criminoso de Saddam Hussein, para manterem-se na "neutralidade" muito útil ao imperialismo. Como leninistas não cansamos de repetir para a vanguarda proletária a tese da incapacidade da burguesia nacional em travar uma luta consequente contra o imperialismo e a reação doméstica, não devemos criar a menor ilusão em Kadaffi e sua anturragem política e militar. Acenar com uma possível ingerência da Al Qaeda nos levantes armados contra o regime é uma prova da covardia de Kadaffi em apontar claramente para as massas os responsáveis ianques por trás dos "insurretos" monárquicos. Nunca é demais relembrar que as pulgas e insetos revisores do marxismo não cansavam de afirmar em 89 que a queda do "assassino Honecker" daria espaço a uma Alemanha com mais "liberdade para lutar". Os revolucionários com certeza não aspiram a nenhuma "liberdade" do mercado capitalista e saberão se postar na trincheira certa contra o inimigo central dos povos: o imperialismo.

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

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Sumário do Jornal Luta Operária - Nº 209, 2ª Quinzena de Fevereiro/2011
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EDITORIAL
Verdades e mentiras sobre o regime vigente na Líbia

“ABAIXO O DITADOR KADAFFI”! "VIVA O RETORNO DA DEMOCRÁTICA MONARQUIA E A INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA DA OTAN”!
Culto ao espontaneísmo das massas e adaptação à democracia burguesa, duas faces da mesma moeda da vergonhosa capitulação do revisionismo ao imperialismo

DIANTE DO COLAPSO DA OCUPAÇÃO NO IRAQUE
OTAN prepara a instalação de uma nova base militar na Líbia

MAGREB E ORIENTE MÉDIO
O que é uma verdadeira revolução e o que de fato ocorre no mundo árabe

ONU E OTAN PREPARAM INTERVENÇÃO MILITAR
Defesa incondicional da nação líbia diante da ocupação imperialista

LIT E PSTU: PAPAGAIOS DA GLOBO E DA GRANDE MÍDIA IMPERIALISTA
Os "amigos" de Obama, da contra-revolução no Oriente e da restauração capitalista em Cuba

INVASÃO "DEMOCRÁTICA" E "HUMANITÁRIA”
Os métodos torpes com que Kadaffi defende a Líbia da agressão imperialista

OFENSIVA IMPERIALISTA
Sob a bandeira da "democracia" EUA monta novo tabuleiro político no Oriente para legitimar sua dominação na região

INTENSIFICA-SE A CRISE NA LÍBIA
Casa Branca e ONU tramam derrubada "revolucionária" de Kadaffi

OFENSIVA CONTRA KADAFFI
Mobilizações pró-imperialistas "sacodem" a Líbia

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ni al foro de sao pablo llegan algunos
Por conteston - Wednesday, Mar. 02, 2011 at 8:10 PM

aprendan troskomicos locales...
Ya que an demostrado una falta de independencia ideológica rayana en el "cipayismo", Brasil es la locomotora local, así que conviene seguir lo que dicen ellos, al papelón que están haciendo el PTS y otros grupos, aun mas pequeños, de seguir lo que dicen la CE y EEUU es realmente bochornoso.

Creo que cualquier cosa es mejor que ser proimperialista (máxime cuando se vive en una neocolonia)

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con kadafi contra el imperialismo
Por con Kadafi contra el imperialismo - Thursday, Mar. 03, 2011 at 11:30 AM

CON KADAFI CONTRA EL IMPERIALISMO, CON LOS TRABAJADORES CONTRA EL NACIONALISMO B ...URGUES (KADAFI) No hace gfalta ser muy imaginativo para trasladar en el tiempo y en el espacio a la situacion en Libia Fossa: ¿Qué me puede decir sobre la lucha de liberación de los pueblos latinoamericanos y sus futuros problemas? ¿Cuál es su opinión sobre el aprismo?[4]



Trotsky: No conozco suficientemente la situación de cada uno de los países latinoamericanos como para permitirme una respuesta concreta a las cues­tiones que usted plantea. De todos modos me parece claro que las tareas internas de estos países no se pue­den resolver sin una lucha revolucionaria simultánea contra el imperialismo. Los agentes de Estados Unidos, Inglaterra, Francia (Lewis, Jouhaux, Toledano, los stalinistas) tratan de sustituir la lucha contra el impe­rialismo por la lucha contra el fascismo. En el último congreso contra la guerra y el fascismo fuimos testigos de sus criminales esfuerzos en este sentido.[5] En los países latinoamericanos los agentes del imperialismo “democrático” son especialmente peligrosos, pues tienen más posibilidades de engañar a las masas que los agentes descubiertos de los bandidos fascistas.

Tomemos el ejemplo más simple y obvio. En Brasil reina actualmente un régimen semifascista al que cualquier revolucionario sólo puede considerar con odio. Supongamos, empero, que el día de mañana Inglaterra entra en un conflicto militar con Brasil. ¿De qué lado se ubicará la clase obrera en este conflic­to? En este caso, yo personalmente estaría junto al Brasil “fascista” contra la “democrática!” Gran Bretaña. ¿Por qué? Porque no se trataría de un con­flicto entre la democracia y el fascismo. Si Inglaterra ganara, pondría a otro fascista en Río de Janeiro y ataría al Brasil con dobles cadenas. Si por el contrario saliera triunfante Brasil, la conciencia nacional y democrática de este país cobraría un poderoso impulso que llevaría al derrocamiento de la dictadura de Vargas[6]. Al mismo tiempo, la derrota de Inglaterra asestaría un buen golpe al imperialismo británico y daría un impulso al movimiento revolucionario del proletariado inglés. Realmente, hay que ser muy cabeza hueca para reducir los antagonismos y conflictos militares mundiales a la lucha entre fascismo y demo­cracia. ¡ Hay que saber descubrir a todos los explota­dores, esclavistas y ladrones bajo las máscaras con que se ocultan

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