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Urgente: Censura e repressõa na UNESP-Franca/Brasil
Por DA XV de Março FFC-UNESP/Marília - Monday, Apr. 25, 2011 at 3:01 PM
daxvdemarc@yahoo.com.br

Moção de Repúdio

Nós, do DA XV de Março, da FFC-UNESP-Marília, Gestão Coletivo em Ação, repudiamos veementemente o atual processo de perseguição e censura que se desenrola na UNESP-Franca. Tal unidade da UNESP, famosa por seu histórico de repressão e por ter sido a primeira unidade da UNESP a expulsar 7 estudantes em 2005, mais uma vez desnuda qual a burocracia acadêmica e seus métodos pedagógicos.

Desta vez, contudo, assusta-nos aonde chega o arbítrio nesta universidade dita pública. O caso em questão desenrola-se porque um estudante do 1º de História discordou de um professor dentro de sala de aula. Tal professor, P. G. Tosi, membro da Congregação ameaçou o estudante com a expulsão da universidade: articulou-se com o restante da burocracia e, neste exato momento, uma comissão de sindicância foi armada para expulsar o estudante da universidade.

Há de se perguntar por quais os motivos xs mandarins da Academia articulam-se tão rapidamente quando se trata de punir estudantes ou trabalhadorxs que discordam das coisas postas, mas anda tão lentamente quando os temas em questão são as reivindicações legitimas do movimento estudantil ou trabalhista. Há também de se fazer profunda reflexão sobre o por que de casos graves que ocorreram na mesma UNESP-Franca, como estupradores que atacaram 20 e tantas estudantes e no final que eram professores da universidade; ou casos de reformas de banheiros que custaram o preço de casas; ou computadores da universidade utilizados para espalhar pedofilia na internet; ou professores que se suicidam tamanha a perseguição que sofrem; ou reformas de estacionamentos que custam verdadeiras fortunas; ou uma moradia estudantil que fica a 15 kilometros da faculdade; ou o antigo campus, que funcionava no prédio mais antigo da cidade, com mais de setenta pontos de risco, fiação à mostra e teto caindo; ou, porque não, o novo campus, construído sobre um pântano e bem próximo de uma voçoroca que não para de crescer;

Há de se perguntar porque nestes casos a universidade opera de maneira tão lenta e porque em outros --- como o de punir estudantes que manifestam livremente sua opinião dentro de um espaço de debate --- a burocracia mete o pé no acelerador e não pestaneja? Quando se trata de apurar casos como o do rodeio das gordas, lentidão e complacência; quando se trata de punir ativistas, pressa e agressividade?

Parece-nos que a universidade pública, este feudo com suas muralhas que barram somente o acesso e permanência dos setores mais pobres e marginalizados da população, quer aumentar ainda mais este muro e cavar verdadeiros fossos ao seu redor, com ameaças de óleo quente e flechas a quem se opuser a sua lógica. Se as coisas continuarem desta forma, abrir a boca em sala de aula será demasiado perigoso, para aqueles que falarem. Para xs tão ousadxs a ponto de... dizer o que pensam. E o absurdo é termos de nos por em luta para lembrar xs professorxs que a ditadura foi derrubada pelo sacrifício de camaradas; com ela, a censura também caiu. Não permitiremos que elas retornem. Não regrediremos na história; ao contrário, avançaremos pela real democratização da universidade e da sociedade. Embora isto, este caso tão explicito não deixa outra conclusão: todxs somos censuradxs nesta universidade antidemocrática, elitista e opressora.

Fim das sindicâncias e de todos os processos!
Pela liberdade de expressão de idéias na universidade!
Por uma Universidade Popular e Democrática!

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