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Bombardeio da OTAN mata filho e netos de Kadaffi: mas unm crime do imperialismo
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Wednesday, May. 04, 2011 at 3:36 PM
lbiqi@hotmail.com

Ao contrário dos revisionistas, que fingem ser “contra a intervenção da OTAN” mas apóiam os “rebeldes” e não denunciaram o assassinato dos familiares de Kadaffi, os genuínos trotskistas da LBI sabem muito bem que o imperialismo nunca bombardeou aliados, ainda mais com a maior frota aérea militar já reunida em toda a história das guerras. Por esta razão, denunciamos a morte dos familiares de Kadaffi como parte da ofensiva belicista ianque e reforçamos nosso chamado a cerrar fileiras pela vitória militar da Líbia frente às forças da OTAN!

BOMBARDEIO DA OTAN MATA FILHO E NETOS DE KADAFFI

MAIS UM CRIME DO IMPERIALISMO TERRORISTA PARA IMPOR SUA OFENSIVA NEOCOLONIAL

Na madrugada do dia 1º de maio, o filho mais novo de Kadaffi, Saif al-Arab Kadafi, de 29 anos, assim como três netos do dirigente líder foram mortos durante um ataque aéreo da OTAN à sua residência em Trípoli. Kadaffi, que estava no local, escapou por pouco. Os “rebeldes”, financiados pela CIA e apoiados pela OTAN, cinicamente apresentados pelo arco revisionista como “revolucionários” antiimperialistas, comemoram as mortes nas ruas de Benghazi, em mais uma demonstração de sua aliança política e militar com o imperialismo genocida.

Segundo o governo líbio “A casa de Saif al-Arab Muamar Kadhafi, o mais jovem dos filhos de Muamar Kadafi, foi atacada com meios potentes. O líder e sua esposa estavam na casa com amigos e parentes e estão sãos e salvos. Foi uma operação que tinha como objetivo assassinar diretamente o guia de nosso país” (Agência Reuters, 01/05), declarou o porta-voz Mussa Ibrahim, durante uma entrevista coletiva à imprensa. No sábado à noite, três explosões foram ouvidas em Trípoli a partir do setor de Bab al-Aziziya, que abriga o complexo de Kadaffi, após um bombardeio de aviões da OTAN

Em Benghazi, cidade onde estão entrincheirados os “rebeldes” financiados e armados pelas potências imperialistas, houve comemoração com tiros para o alto durante a madrugada do domingo, após o anúncio da morte de Saif al-Arab, de acordo com informações da imprensa burguesa. “‘Estamos muito felizes que Kadaffi tenha perdido seu filho em um ataque aéreo e por isso atiramos para comemorar sua morte’, declarou o porta-voz militar do Conselho Nacional de Transição (CNT), coronel Ahmed Omar Bani” (AFP, 01/05). Os bombardeios foram tão grandes que o vendido militar pró-ocidente declarou ainda “Nos dizem que Kaddaffi e sua mulher conseguiram se salvar, mas se as imagens que nos mostram são verdadeiras, ninguém poderia ter sobrevivido” (Idem). Um dia depois, o mesmo membro do arquirreacionário CNT, ao saber do assassinato de Osama Bin Laden na Paquistão por uma operação militar ianque, declarou “Estamos contentes e esperamos o próximo passo. Queremos que os EUA façam o mesmo com Kadaffi” (Cubadebate, 03/05).

Horas antes do bombardeio, Kadaffi havia reiterado no sábado, 30/04, que não deixaria o governo. Em uma primeira aparição pública desde 9 de abril, havia reafirmado que não sairia, apesar da pressão e dos ataques militares da OTAN, das sanções financeiras internacionais, do embargo de armas e do congelamento de seus bens. Em pronunciamento ao vivo na TV estatal declarou “A OTAN deve abandonar qualquer esperança de uma saída de Muamar Kadafi. Não deixarei meu país e lutarei até a morte. Estamos preparados para negociar com a França e com os Estados Unidos, mas sem condições. Não nos renderemos, mas peço uma negociação. Podemos resolver nossos problemas entre líbios sem agressões. Retirem suas frotas e seus aviões” (Telesur, 01/05).

O assassinato do filho de Kadaffi, de seus netos, assim como a tentativa sistemática de matá-lo só reafirma o que a LBI vem declarando desde o início do conflito, ou seja, que o imperialismo deseja matar Kadaffi e derrubar o regime nacionalista burguês para impor um governo totalmente servil aos seus interesses. Por esta razão, a CIA esteve desde o início por trás das “manifestações” em Benghazi, já em fevereiro. A ofensiva na Líbia foi detonada no curso da chamada “Primavera Árabe”, uma operação política de transição democrática dos desgastados regimes feudo-burgueses aliados da Casa Branca. No curso deste processo, o governo Obama operou a substituição dos senis aliados corruptos por novas lideranças plenamente alinhadas com os EUA e Israel, sob a bandeira da “democracia”. A manobra política orquestrada por Obama foi triunfante na Tunísia e no Egito, possibilitando que a Casa Branca a lançasse contra regimes que tem fricções com o imperialismo, apesar das enormes concessões do último período, como a Líbia, a Síria e o Irã. Como as “mobilizações” não derrubaram o regime líbio, o imperialismo recorreu à intervenção militar “humanitária” aprovada pela ONU.

Neste exato momento o imperialismo busca matar Kafaffi para debilitar a heróica resistência popular armada que tem barrado o avanço dos “rebeldes” nas grandes cidades. Tirando Kadaffi de cena, as potências capitalistas avaliam que poderão avançar em seus planos colonialistas na região. Ao contrário dos revisionistas, que fingem ser “contra a intervenção da OTAN” mas apóiam os “rebeldes” e não denunciaram o assassinato dos familiares de Kadaffi, os genuínos trotskistas da LBI sabem muito bem que o imperialismo nunca bombardeou aliados, ainda mais com a maior frota aérea militar já reunida em toda a história das guerras. Por esta razão, denunciamos a morte dos familiares de Kadaffi como parte da ofensiva belicista ianque e reforçamos nosso chamado a cerrar fileiras pela vitória militar da Líbia frente às forças da OTAN!

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA

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