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Intervençao “humaintária” na Siria é antessala do ataque imperialista ao ira
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Thursday, Aug. 18, 2011 at 10:15 AM
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Dominar o Oriente Médio, debilitar ao máximo ou derrubar os regimes que tem fortes fricções com Washington e controlar os povos que lutam contra o imperialismo: esses são os verdadeiros objetivos da “revolução árabe” saudada por Obama e apoiada pelos revisionistas do trotskismo

TENSÃO NO ORIENTE MÉDIO

PLANOS PARA INTERVENÇÃO “HUMANITÁRIA” NA SÍRIA É ANTESSALA DO ATAQUE IMPERIALISTA AO IRÃ

O processo de desestabilização do governo do Bashar Al Assad por parte do imperialismo e de Israel através do apoio a grupos internos “rebeldes” tribais arquirreacionários representa a tentativa da Casa Branca de alterar completamente a chamada geopolítica do Oriente Médio, colocando sob seu controle não só a Síria, mas avançando em sua ofensiva sobre o Hezbolah no Líbano e, caso tenha sucesso nesta empreitada colonialista, assentando as bases para um ataque militar ao Irã, já que não conseguiu o apoio interno necessário para debilitar o regime nacionalista comandado por Armadinejad.

Trata-se de um plano estratégico de larga envergadura, ainda mais quando a Síria e o próprio Líbano fazem fronteira com Israel, enclave militar do imperialismo ianque responsável por apoiar todas as iniciativas políticas e bélicas do Pentágono na região. Nos bastidores dos governos das potências imperialistas e seus aliados na região, como a Turquia e a própria ANP de Abbas, há uma ampla discussão de qual saída operar para o regime sírio, já se falando abertamente de uma intervenção militar “humanitária”.

Tanto é assim que em 03 de agosto, no logo depois da declaração do Conselho de Segurança da ONU dirigida contra a Síria, o enviado de Moscou junto à OTAN, Dmitry Rogozin, advertiu sobre os objetivos da escalada militar e diplomática atual no Oriente Médio: “A OTAN está planejando uma campanha militar contra a Síria para ajudar a derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad com o objetivo de longo alcance de preparar uma cabeça de ponte para um ataque ao Irã...” (jornal Izvestia, 04/08). A Rússia que tem acento no CS da ONU até o momento tem vetado o uso da força militar contra a Síria porque sabe justamente que a ofensiva imperialista está não só voltada contra o Irã mas também para enfraquecer a própria influência russa na região e nas antigas repúblicas soviéticas. Se bem que a Líbia, a Síria e o Irã façam parte prioritária deste roteiro militar, esta estratégica belicista se executada ameaçaria também a China e a Rússia. Ambos os países têm investimento, comércio e acordos de cooperação militar com a Síria e o Irã. Prova disso é que a Rússia tem uma base naval no Noroeste da Síria.

Neste contexto, soa como patético a esquerda revisionista apresentar as ações das arquirreacionárias tribos sírias como mobilizações espontâneas por “democracia”. O Mossad e a Arábia Saudita têm apoiado grupos islâmicos Salafi, os quais se tornaram ativos no Sul da Síria no início do movimento de protesto em Daraa em meados de março. Já o governo turco do primeiro-ministro Recep Tayyib está apoiando grupos de oposição sírios no exílio e ao mesmo tempo também “rebeldes” armados da Fraternidade Muçulmana no Norte da Síria. A Fraternidade Muçulmana síria, cuja liderança encontra-se exilada no Reino Unido está por trás dos protestos, tendo apoiado do M16 britânico. Vale lembrar que esta aliança está baseada em um tratado de cooperação militar entre a OTAN, Israel e a Turquia justamente para se contrapor às ameaças por parte da Síria, Irã e Hezbolah.

Dominar o Oriente Médio, debilitar ao máximo ou derrubar os regimes que tem fortes fricções com Washington e controlar os povos que lutam contra o imperialismo: esses são os verdadeiros objetivos da “revolução árabe” saudada por Obama e apoiada pelos revisionistas do trotskismo. Por esta razão, correntes como a LIT que defendem histericamente o “Fora Assad” são obrigadas a fingirem ser contra a intervenção imperialista na Síria enquanto apóiam, como fazem na Líbia, os “rebeldes” made in CIA no interior destes países. Nesse sentido, mal conseguem esconder seus verdadeiros desejos de verem o imperialismo agredir a Síria quando declaram que “apesar de ameaçar com sanções, o imperialismo norte-americano não retira seu embaixador do país, nem pressiona para a uma ação internacional contra Assad, incluindo seu indiciamento pelo Tribunal Penal Internacional; ou ainda não busca convencer a Liga Árabe, que expulsou a Líbia a fazer o mesmo com a Síria” (sítio PSTU, 12/08).

Está colocado frente a escalada política e militar do imperialismo combater para que a luta dos povos do Oriente Médio não sirva para o imperialismo debilitar os regimes que têm fricções com a Casa Branca (Irã e Síria), ou mesmo como cínico pretexto para justificar intervenções militares “humanitárias” como a que ocorre atualmente na Líbia. Cabe aos marxistas leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas reivindicações imediatas e históricas das massas árabes, inclusive em frente única com os governos atacados pelas tropas da OTAN, combater os planos de agressão das potências capitalistas sobre as nações semicoloniais da região. Para tanto, faz-se necessário forjar um autêntico partido revolucionário marxista e marchar com independência política pela senda do combate de classe pela revolução socialista.

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