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PSTU na Líbia se una a OTAN e no Brasil se junta a Cid Gomes e pelegos da APEOC
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Saturday, Oct. 08, 2011 at 2:25 PM
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A intervenção do PSTU deu à direção da APEOC a segurança necessária para decretar o fim da greve mesmo com a maioria da assembleia votando pela continuidade do movimento grevista, um verdadeiro golpe avalizado pela Conlutas

SABOTAGEM A LUTA DOS PROFESSORES - CEARÁ

TRAIÇÃO! PSTU NA LÍBIA SE UNE A OTAN E AQUI SE JUNTA A CID GOMES E AOS PELEGOS DA APEOC PARA ACABAR COM A NOSSA GREVE!

A greve dos professores do estado do Ceará que já durava 63 dias foi encerrada contra a vontade da maioria dos professores presentes na assembleia geral da categoria realizada na tarde desta sexta-feira (07/10), em Fortaleza. O fim da paralisação já havia sido proposto pela direção do sindicato APOEC em assembleias anteriores, mas todas as vezes que defendeu foi rechaçada pela imensa maioria dos professores. Agora a burocracia sindical cutista conseguiu seu intento porque teve o decisivo apoio do PSTU-Conlutas, que defendeu ao lado dos pelegos essa traição!

Após a violenta repressão policial ocorrida no final de setembro (29/09), quando a proposta do governo Cid Gomes (PSB) para destruir o plano de carreira da categoria foi aprovada às pressas pelo bando de corruptos da Assembleia Legislativa, a greve tomou um novo impulso com a adesão de um número maior de professores na capital e no interior do estado. Ficou claro que os pelegos da direção da APEOC (PT e PCdoB) não conseguiriam impor o fim da greve sem uma ajudinha extra.

Para encerrar a greve, a direção do sindicato, centralizada pelo PT e a CUT governista, central completamente integrada ao governo Cid Gomes, precisava dividir a categoria. A primeira arma utilizada pela direção da APEOC para alcançar esse objetivo foram as ameaças do governo Cid de cortar direitos dos trabalhadores, suspender salários e até de demissão de professores, reproduzindo a chantagem feita pelo governo de que essas medidas seriam tomadas se a categoria não suspendesse a greve. Porém, a arma mais eficaz para dividir e derrotar a categoria, impondo o fim da greve sem nenhuma conquista real, foi a ação dos traidores e vendidos do PSTU/Conlutas que, sem o menor pudor, uniram-se aos pelegos da direção cutista APEOC na defesa do fim da greve.

De tão desmoralizados, os principais diretores do sindicato sequer defenderam o fim da greve para não colocar em risco as ordens do governo Cid para encerrar a greve. Coube ao PSTU/Conlutas, mais credenciado junto à base da categoria, fazer a principal intervenção pelo fim da greve, através de sua dirigente Nirvânia Menezes, que nos últimos tempos adotou um estilo de linguagem verbal e gestual semelhante à professora “pop star” global do PSTU, Amanda Gurgel, que também andou de braços dados com dirigentes da CUT, quando esteve em Fortaleza durante a greve dos professores do município. O jeitinho simpático e sereno, como se viu nessa assembleia, não serve apenas para angariar votos nas eleições burguesas, mas também para ajudar os agentes do governo Cid a dividir e derrotar a categoria. A intervenção do PSTU deu à direção da APEOC a segurança necessária para decretar o fim da greve mesmo com a maioria da assembleia votando pela continuidade do movimento grevista, um verdadeiro golpe avalizado pela Conlutas.

Mas seria uma ingenuidade acreditar que essa aliança vergonhosa do PSTU/Conlutas com a burocracia sindical cutista da APEOC, foi apenas mais uma das suas repentinas capitulações políticas. Na quinta-feira (06/10) toda a militância no PSTU e da Conlutas na categoria foi mobilizada para defender e aprovar nos zonais a proposta de suspensão da greve, convencendo setores da categoria a ceder às chantagens e ameaças do governo. Ademais, ao longo de toda a greve o PSTU/Conlutas teve, em nome da unidade de todos, do apego ao aparelhismo sindical e à institucionalidade burguesa, uma conduta de total capitulação à traidora direção da APEOC. Assim fizeram quando se posicionaram contra as mais importantes e radicalizadas ações da categoria durante a greve, o ato de protesto no percurso do desfile oficial do 7 de setembro e a ocupação da Assembleia Legislativa. Outro exemplo revelador dessa política submissa adotada pelo PSTU/Conlutas em nossa greve foi o criminoso rechaço a todas as iniciativas de organização da greve por fora das garras da direção da APEOC, construída por várias organizações e combatentes da base da categoria através de um fórum que reunia a representação dos zonais (sem a direção da APEOC), que ganhou o nome de REDE DE ZONAIS.

Portanto, a posição do PSTU na assembleia que impôs o fim da greve não foi um raio que caiu em um dia de céu azul, mas da capitulação fruto de uma deliberação partidária, implementada pelo conjunto de sua militância. A profunda adaptação do PSTU ao regime da democracia dos ricos e seu intenso desejo de conquistar ao menos um mandato parlamentar, fez esse partido ultrapassar o limite entre a política de colaboração de classes e a corrupção política e material. Por essa razão foi que os professores, indignados, vaiaram e chamaram a militante do PSTU de “pelega!” e de “vendida!”. A defesa do encerramento da greve teve um custo político muito alto para o PSTU, “queimando” sua principal militante na categoria, que agora quer saber quantas moedas valeu essa traição.

O Núcleo dos Trabalhadores em educação, impulsionado pela LBI, que defendeu a continuidade da greve junto com outras correntes de oposição, chama os lutadores classistas a fazerem um rigoroso balanço dessa traição e construir uma alternativa de direção revolucionária contra os pelegos da APEOC e seus parceiros do PSTU-Conlutas!

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