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Invasão da Favela da Rocinha pela PM: mais uma farsa apoiada pela TV Globo
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Monday, Nov. 14, 2011 at 5:57 PM
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A operação recebeu cinicamente o nome de “Choque de Paz” e reuniu três mil homens das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além de 194 fuzileiros navais, 18 veículos blindados, quatro helicópteros da PM e três da Polícia Civil. O efetivo da Marinha foi o maior já utilizado em ocupações aos morros cariocas

INVASÃO DA ROCINHA PELA PM

MAIS UMA FARSA APOIADA PELA TV GLOBO PARA “CABRALZINHO” E OS VERDADEIROS BARÕES DO TRÁFICO DE DROGAS E ARMAS LEVAREM ADIANTE LIVREMENTE SEUS NEGÓCIOS MILIONÁRIOS

Neste final de semana, 13/11, ocorreu a invasão das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pelo aparato de repressão estatal do governo Cabral com o apoio federal. A operação recebeu cinicamente o nome de “Choque de Paz” e reuniu três mil homens das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além de 194 fuzileiros navais, 18 veículos blindados, quatro helicópteros da PM e três da Polícia Civil. O efetivo da Marinha foi o maior já utilizado em ocupações aos morros cariocas. Poucos dias antes, um operativo dessas mesmas forças militares havia “prendido” o traficante Nem, em uma ação midiática previamente montada e acordada entre o Cabralzinho “Caveirão”, um dos maiores cheiradores de pó do Rio de Janeiro e os verdadeiros barões da distribuição da cocaína e armas na cidade, que não moram nas favelas e morro pobres, mas sim nas mansões luxuosas e condomínios fechados intocáveis. Prova do que afirmamos é que não houve qualquer resistência à invasão da PM na Rocinha, pelo contrário, o acordo é para que as milícias, testas de ferro do próprio Cabral controlem o tráfico de drogas, armas e o comércio das comunidades para que essas regiões “pacificadas” não ofereçam qualquer ameaça aos megaprojetos da burguesia e seus prepostos.

Antes da invasão, a imprensa burguesa, em particular a Rede Globo, que também controla uma ampla rede de distribuição de cocaína e prostituição junto a artistas e “celebridades”, fez uma sistemática campanha não só para legitimar a entrada da PM no morro, como para amedrontar a própria população da Rocinha. Após a invasão, o hasteamento da bandeira do Brasil e do Rio de Janeiro, deu o tom de civismo (cuidado para corretamente não confundir com cinismo) à ação, recorrendo ao velho scritp de que o governo Cabral, a PM e o Bope irão proteger o povo indefeso dos “mulambentos” traficantes armados que supostamente impõem o terror aos “cidadãos de bem” e apavoram a classe média “pacífica e ordeira”. Lá na Rocinha será implantada a 19ª UPP, das 40 previstas até a Copa do Mundo.

Além do controle do tráfico, já que o governo Cabral e a Globo estão interessados diretos na troca de comando do tráfico de drogas no Rio de Janeiro porque desejam ver eliminada ou silenciada uma parte dos chefes do tráfico, a fim de que possam fazer um acordo com uma outra ala em ascensão, associada às milícias formadas por PMs e bombeiros, em uma clara operação de limpeza para a renovação das “lideranças”, a invasão da Rocinha tem claro objetivos imobiliários, pois a favela fica na Zona Sul, próximo de Copacabana e da Gávea. Uma limpeza social da região aumenta em muito a valorização dos novos empreendimentos que estão sendo construídos para os megaeventos.

Um negócio bilionário como a distribuição de cocaína e de armas só pode ser gerido por peixes graúdos do sistema capitalista, onde os maltrapilhos traficantes e homens como Nem são meros “corretores” ou parceiros da valiosa “mercadoria”, descartáveis frente aos interesses dos verdadeiros reis do tráfico. Os figurões da burguesia consomem cocaína de alta qualidade em abundância, importam carregamentos bélicos para alimentar o crime organizado e comanda sua distribuição em associação com Cabral e os demais políticos burgueses e policiais que controlam o Estado e o aparelho de repressão (alfândega, monitoramento de fronteiras, entrada e saída de cargas em portos e aeroportos, etc...). Nesse cenário, a população pobre da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu são vítimas desse esquema mafioso! A invasão da PM deve ser repudiada pelo conjunto do movimento operário como mais uma ação voltada a criminalizar o povo trabalhador que vive nessas comunidades completamente desassistidas, em saúde e educação dignas, enquanto os barões capitalistas da “high society” e sua mídia “ética” fazem todo tipo de negócios e depois buscam “laranjas” nos morros para encobrir seus crimes.

Vale registrar em meio a esse episódio que enquanto os morros são ocupados pela PM para instalar as UPPs e sua população pobre é brutalmente perseguida, o deputado do PSOL Marcelo Freixo, o “queridinho” da classe média carioca, que apóia a implantação das UPPs está na Europa a título de se “proteger” das ameaças que recebeu das milícias. Tão vergonhoso como a fuga covarde de Freixo, é a política do PSTU e da LER que não só apóiam seu autoexílio como o justificam, afirmando que o parlamentar foi “reorganizar sua segurança pessoal e familiar”. Talvez esses revisionistas reivindiquem o envio de uma força de segurança internacional em nome não só de “proteger” a vida de Freixo, mas também para ajudar a PM nas UPPs a liquidar os “traficantes”, já que na Líbia esses grupos aliaram-se aos “rebeldes” que combatiam o “ditador” Kadaffi com o apoio da “humanitária” OTAN!!!

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