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8 de março: Dila e seu "Ministério de mulheres" a serviço da ordem capitalista
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Tuesday, Mar. 06, 2012 at 4:04 AM
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Para combater o governo Dilma e seu “ministério de mulheres” a serviço da ordem capitalista e baseado na política de colaboração de classes é necessário construir um movimento operário feminino classista que coloque a mulher trabalhadora como vanguarda da luta sem quartel contra o regime opressor dos homens e mulheres burguesas, representado neste momento pelo governo do PT

8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA

DILMA E SEU “MINISTÉRIO DE MULHERES” A SERVIÇO DA ARQUIRREACIONÁRIA ORDEM CAPITALISTA QUE OPRIME E SUPEREXPLORA OS TRABALHADORES

Muito se tem alardeado sobre a chegada da “primeira mulher” à Presidência da República no Brasil. Para completar esse suposto “feito histórico”, o gabinete do governo Dilma Rousseff é composto por várias mulheres, que ocupam cargos estratégicos na gestão da frente popular. Elas controlam mais de 25% do ministério. A pergunta que se faz diante desse quadro é a serviço de que interesses de classe está a plêiade feminina do governo da frente popular? São aliadas das mulheres trabalhadoras e do proletariado em geral ou porta-vozes dos capitalistas, sejam eles homes ou mulheres. Uma rápida análise das medidas adotadas pela “presidenta Dilma” não deixam dúvidas: todas as mulheres do ministério, sem exceção, são inimigas de classe dos trabalhadores e, em particular, das mulheres proletárias, oprimidas pelo modo de produção capitalista cujo Estado é gerenciado em nosso país pelo PT e um condomínio de partidos burgueses arquirreacionários, que vai desde o PRB da Igreja Universal até o PMDB representante das oligarquias nordestinas, notórios expoentes do machismo burguês.

Diferente do que a mídia burguesa e os movimentos “feministas” burgueses corrompidos anunciam neste 8 de março, aclamando a figura da “presidenta” como a maior expressão do papel da mulher na sociedade, Dilma, que na ditadura militar participou de organizações guerrilheiras que expropriavam os banqueiros em favor da classe operária, agora governa e faz o oposto junto de seu ministério: uma gerente escolhida para expropriar a classe operária e transferir riquezas aos banqueiros, reafirmar a política de submissão ao imperialismo e levar adiante o pacto da frente popular com os setores mais reacionários da classe dominante.

Como parte desse engodo é muito difundida a ideia de que o machismo sempre existiu e que graças à incorporação das mulheres cada vez mais no mercado capitalista o sexo feminino se emancipa gradualmente desta opressão. Uma prova disto seria o fato de mulheres ocuparem postos de mando elevados na sociedade burguesa. Nada mais falso! Dilma, por exemplo, mantêm o papel criminoso que o Brasil desempenha no comando da ocupação das tropas da ONU sobre o Haiti, onde as mulheres têm sido as maiores vítimas de agressões, massacres e estupros. Ao lado disso, privatiza a previdência do funcionalismo, corta verbas para creches do orçamento para bancar o superávit primário e se alia aos setores mais reacionários contra o direito ao aborto.

Para dividir a classe operária nas últimas décadas, a defesa da luta de classes deu lugar à luta de gêneros, muito patrocinada no Brasil pelo governo da frente popular sob a farsa da “defesa das mulheres”. A cor vermelha reivindicada historicamente pelas comunistas Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai, delegadas que criaram o Dia Internacional da Mulher Proletária em 1910, foi substituída pela cor lilás (que não por acaso corresponde à fusão do vermelho dos socialistas com o azul, capitalista) para afastar até em sua simbologia a luta pela emancipação da mulher da luta pelo socialismo. Em nome do combate à exclusão e opressão recomendam a integração maior da mulher ao mercado de trabalho para serem exploradas pelos capitalistas, apresentando esse processo como uma “conquista”. Contra a violência cada vez mais sofrida que cresce com a exploração, reivindicam a criação de organismos coercitivos dentro do Estado capitalista (delegacias de mulheres e a Lei Maria da Penha).

O PSTU e sua “secretaria das mulheres”, por exemplo, clamam para que “Dilma, proteja as mulheres: Implemente e amplie a Lei Maria da Penha! Invista mais recursos para os programas de combate à violência!” (Sítio PSTU, 22/02). Além de patrocinar ilusões no governo burguês do PT, apresenta a nova ministra Eleonora Menicucci como uma importante aliada! Não por acaso, o Movimento Mulheres em Luta da CSP-Conlutas afirma: “A nova ministra foi uma das elaboradoras do PAISM (Programa de Atendimento Integral à Saúde da Mulher), que foi construído no marco das lutas feministas do início dos anos 80 e significou um marco na abordagem da saúde da mulher, rompendo com uma visão machista de que a saúde da mulher deve ser tomada apenas através da associação da mulher com a maternidade. Eleonora Menicucci também tem um histórico de luta em defesa da legalização do aborto e disse que vai levar para seu cargo a militância por esse direito. Antes de comemorarmos essa postura, alertamos para o fato de que para avançar na legalização do aborto no Brasil, medida que foi inclusive aprovada na Conferência de Mulheres do governo, a ministra terá que fazer a presidenta Dilma mudar algumas ações” (Idem). A luta pela libertação da mulher da opressão do machismo capitalista pressupõe um combate sem tréguas a todas as ilusões no movimento das mulheres trabalhadoras no Estado burguês, suas leis e seu aparato repressivo, guardião da ordem social justificada pela ideologia burguesa e o machismo que dela faz parte. Toda saída para o problema da opressão feminina por dentro da democracia burguesa, como defendem o reformismo e o revisionismo do trotskismo, conduz à divisão do proletariado entre gêneros distintos, ao recrudescimento e ampliação do aparato repressivo estatal contra os trabalhadores. Em outras palavras, o feminismo burguês é contrarrevolucionário porque divide o proletariado, enfraquece sua luta e fortalece a repressão de seus inimigos de classe. É nisto que consiste a “Lei Maria da Penha” (que estabelece para o homem agressor a prisão ou o afastamento do domicílio da mulher e dos filhos nos casos de violência doméstica) e as Delegacias de Mulheres. Por trás destas medidas demagógicas, divisionistas e repressivas, o governo patronal precariza as condições de vida da esmagadora maioria das mulheres, superexplorando-as para garantir o lucro da burguesia nacional e do imperialismo, trancafia adolescentes em celas sob condições subumanas (como fez a ex-governadora petista paraense Ana Júlia), reprime e criminaliza o direito ao aborto, condenando à morte milhares de mulheres pobres obrigadas a abortar clandestinamente.

Para combater o governo Dilma e seu “ministério de mulheres” a serviço da ordem capitalista e baseado na política de colaboração de classes é necessário construir um movimento operário feminino classista que coloque a mulher trabalhadora como vanguarda da luta sem quartel contra o regime opressor dos homens e mulheres burguesas, representado neste momento pelo governo do PT. Trata-se da unidade do conjunto da classe trabalhadora sob um programa revolucionário para derrotar a barbárie capitalista. Portanto, neste 8 de Março devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a propriedade privada, do feminismo policlassista e da mercantilização das relações pessoais, que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe. A abolição da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher!

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