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Francisco I: Igreja opta por combater o crescimento do nacionalismo latino-americano
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Thursday, Mar. 14, 2013 at 4:58 AM
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FRANCISCO I: IGREJA FAZ OPÇÃO POLÍTICA PARA COMBATER O CRESCIMENTO DO NACIONALISMO LATINO-AMERICANO

O trono papal estava mesmo reservado para um cardeal latino-americano e não por uma razão “divina” ou mesmo evangélica, a escolha do bispo argentino Jorge Mario Bergoglio pela cúpula da Igreja Católica cumpre uma função estritamente política. Na abertura do conclave que elegeria o novo Papa, uma assembleia de 115 cardeais, pelo menos três latinos-americanos estavam bem cotados, com um forte favoritismo do brasileiro Dom Odilo Scherer, um discípulo fiel do renunciante Bento 16. Mas, a tendência majoritária ainda indicava para um retorno da coroa papal para a burocracia da cúria romana, em virtude da profunda crise institucional por que passa a hierarquia da Igreja Católica. Por estas circunstâncias a candidatura do italiano Angelo Scola inicialmente aparecia com mais densidade sobre os demais postulantes “forasteiros”. O nome do jesuíta ultraconservador Bergoglio surge então como um “tercius” diante do impasse entre as duas alas mais fortes da Igreja, os membros da “Congregação da Fé” ( liderados por Ratzinger) e os chamados gestores administrativos financeiros ligados ao Secretário de Estado do Vaticano (cardeal Bertone). Caso a opção papal tivesse recaído sobre Odilo, sua influência política estaria limitada às fronteiras brasileiras. Já a vitória do argentino Bergoglio tem um caráter bem mais amplo do que somente o peso sobre seu país de origem, está voltada principalmente a América do Sul e especificamente ao combate aos processos nacionalistas mais “agudos”, como Venezuela, Equador e Bolívia. O “prêmio” recebido pela Igreja argentina também não é acidental, com sua trajetória intimamente ligada aos crimes dos militares genocidas e a apologia aberta ao regime fascista instaurado em 1976. Bergoglio sofre a acusação, por parte de organismos de direitos humanos, de ter entregue à repressão assassina dois religiosos da sua própria ordem. Mas, foi como “chefe espiritual” da oposição direitista ao governo Kirchner que o cardeal de Buenos Aires ganhou prestígio e notoriedade internacional. Em um momento que a presidente Cristina enfrenta uma guerra aberta com os barões da mídia “murdochiana” e a oligarquia reacionária venezuelana comemora a morte de Chávez (às vésperas de uma eleição presidencial), o entronamento de Bergoglio na “Santa Sé” soa como música para os ouvidos da Casa Branca.

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