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11 de Setembro 2001: Há dez anos o Pentágono sofria uma humilhaçao histórica!
Por Liga Bolchevique Internacionalista - Tuesday, Sep. 13, 2011 at 1:46 AM
lbiqi@hotmail.com

Os ataques de 11 de Setembro não foram produto de um "louco" (ou mesmo "loucos") terrorista individual contra vítimas inocentes, tampouco foram uma "armação" interna da CIA para reforçar a autoridade seminazista de Bush, o 11 de Setembro é o reflexo direto da correlação da disputa mundial das forças sociais após o fim da "guerra fria", onde o único contraponto militar à hegemonia ianque foi aniquilado

11 de Setembro 2001:...
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11 DE SETEMBRO O OUTRO ATAQUE POUCO MENCIONADO

HÁ DEZ ANOS O PENTÁGONO QUARTEL GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS IANQUES, A MAIS PODEROSA DO PLANETA, SOFRIA UMA HUMILHAÇÃO HISTÓRICA!

A mídia capitalista mundial encerrou esta semana como se fosse um único e centralizado meio de comunicação em todo o planeta. Na pauta homogeneizada pelos "barões sem-pátria" das comunicações, o 11 de Setembro figurava como centro absoluto da "satanização" dos "monstruosos" atentados "terroristas" às torres gêmeas do World Trade Center em Nova York, onde morreram cerca de 2.500 cidadãos "civis" norte-americanos. Seria até ingênuo de nossa parte comentar que esta mesma mídia "murdochiana" nada mencionou que nestas mesmas torres "empresariais" situava-se a sede central da CIA, a mesma agência de "inteligência" que foi convertida em força beligerante armada do imperialismo ianque, equipada até com aviões de bombardeio não-tripulado, como pode atestar a população civil da Líbia, cujo número de mortos não recebe qualquer menção por parte destes mesmos "meios jornalísticos". Também seguindo esta mesma lógica, seria uma tolice ainda maior, pensar que o 11 de Setembro seria lembrado pela mídia "hollywoodiana" como o dia em que o imperialismo ianque sofreu sua pior humilhação militar de toda sua história, ao ver o quartel general de suas forças armadas, o Pentágono em Washington, ser atacado por aviões civis controlados pela Al Qaeda, gerando uma baixa de quase 200 oficiais e suboficiais do exército norte-americano, o mais poderoso e terrorista do mundo!

Os EUA sofreram anteriormente, no início de sua entrada na Segunda Guerra Mundial um ataque militar em sua base naval de Pearl Harbor no Pacífico. Na ocasião, o império japonês, aliado do "eixo" nazi-fascista bombardeou a frota naval ianque ancorada no arquipélago do Havaí, deixando a marca de 2.500 marines mortos. A resposta ianque foi brutal, duas bombas atômicas despejadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, mataram mais de 200 mil civis no Japão, além de converterem o país nipônico em uma colônia sem direito formal de possuírem sequer suas próprias forças armadas. A partir daí o grande "Tio Sam" tornou-se o império hegemônico em todo o mundo, com a eliminação militar das potências imperialistas "competidoras" da Alemanha e Japão. Passados 55 anos do fim da Segunda Guerra e cerca de dez anos da destruição contrarrevolucionária das bases sociais da URSS, única potência sobrevivente do grande conflito mundial, os EUA reviveram em 2001 na própria carne, ou seja, desta vez em seu próprio território e em plena capital do país um bombardeio operado por avião civil jogado pelos militantes da Al Qaeda sobre o quartel general do Pentágono. Muito provavelmente inspirados nos militares suicidas japoneses (conhecidos como Kamikazes) que diante da imensa inferioridade de suas forças atiravam seus aviões sobre os navios da armada ianque, os dirigentes fundamentalistas muçulmanos resolveram "vingar" os mortos de suas nações com o mesmo método apreendido pelos "herois" japoneses. Desta forma, os "alvos" escolhidos pela Al Qaeda foram o Pentágono, a CIA e uma usina atômica norte-americana (este último não pode ser concretizado), obtendo um "extraordinário" sucesso militar não-convencional por parte de um braço armado do governo talibã no Afeganistão.

Para nós marxistas revolucionários não pode ser estranho o fato dos ataques de 11 de Setembro serem qualificados, pela mídia imperialista, Departamento de Estado dos EUA e burguesias subordinadas ao capital financeiro de Wall Street, como atos bárbaros do "terrorismo" islâmico contra a sacrossanta civilização capitalista ocidental. Afinal este é o papel dos guardiões da sociedade de classes, os apologistas do mercado como "Deus" supremo e protetor do "grande monstro" imperialista ianque. Mas o que realmente causa repulsa a todos os combatentes anti-imperialistas, independente de suas compreensões programáticas revolucionárias, é a caracterização feita pela esquerda revisionista dos ataques da Al Qaeda como "terrorismo individual". Utilizando "maliciosamente" da categoria teórica marxista do terrorismo individual para condenar os ataques ao Pentágono e ao WTC, estes senhores integraram politicamente a frente única antiterrorista encabeçada por Bush e os governos lacaios, como na ocasião o brasileiro, do tucano FHC. Tentar enquadrar os acontecimentos do 11 de Setembro, que abriram uma nova etapa no recrudescimento da ofensiva mundial imperialista contra os povos na categoria do "terrorismo individual" chega a ser risível, se não fosse uma trágica consequência da integração ideológica da esquerda revisionista ao imperialismo "democrático", uma "vítima" dos "bárbaros terroristas" muçulmanos. Um ataque militar não-convencional comandado por forças políticas que estavam revidando a guerra promovida pelos EUA contra suas nações, só pode ser considerado como uma ação "terrorista" por idiotas manipulados pela grande mídia ou mesmo por correntes corrompidas pela democracia ocidental. São os mesmos revisionistas que sempre condenam a violência espontânea das massas quando estas "extrapolam" os estreitos limites das regras do jogo democrático e seu regime institucional.

Mas, mesmo contra a "vontade" da esquerda corrompida, a abertura da "guerra mundial ao terror" inaugurada por Bush e seguida à risca pelo "negro de alma branca" Obama não resultou em um novo impulso à hegemonia planetária dos EUA, como ocorreu após a Segunda Guerra Mundial e na sequência com o fim da URSS. A razão é muito simples para os leninistas, os ataques de 11 de Setembro não foram produto de um "louco" (ou mesmo "loucos") terrorista individual contra vítimas inocentes, tampouco foram uma "armação" interna da CIA para reforçar a autoridade seminazista de Bush, o 11 de Setembro é o reflexo direto da correlação da disputa mundial das forças sociais após o fim da "guerra fria", onde o único contraponto militar à hegemonia ianque foi aniquilado. Os estados e paraestados islâmicos, grupos beligerantes palestinos e a guerrilha foquista colombiana são as únicas "forças em armas" que sobreviveram como "oposição" ao modelo neoliberal imposto pelo capitalismo com a inauguração da "nova ordem mundial" após a queda do Muro de Berlim. Este difuso "bloco de oposição" real à conquista da nova hegemonia norte-americana galgada em 1991 está muito distante de configurar-se como uma "alternativa socialista" ao imperialismo, ao contrário, trata-se de um aglomerado de forças burguesas ou pequeno-burguesas, de um modo geral teocráticas ou abertamente reformistas do "modelo neoliberal". Carecem da estratégia da revolução proletária, são incapazes de apresentarem um "novo" projeto histórico para a humanidade, mas categoricamente não são a representação política do velho "terrorismo individual" como foram, por exemplo, as Brigadas Vermelhas, Baader Meinhof ou Tupac Amaru dos anos 70.

Como resposta "militar" aos ataques "terroristas" do 11 de Setembro, os EUA "simplesmente" declararam guerra a dois países, Iraque e Afeganistão, ocupando-os com suas tropas após a destruição de suas frágeis defesas bélicas como resultado dos pesados bombardeios aéreos. A desproporção dos exércitos nacionais de ambos os países invadidos contra o poderio militar ianque foi colossal, no caso do Afeganistão sequer possuía uma corporação regular, sendo a própria Al Qaeda o principal braço armado do governo Talibã. Já o Iraque havia sido "castigado" com o bloqueio imposto por "Bush pai" na Guerra do Golfo em 1991. Sem enfrentar grandes obstáculos em sua primeira investida militar a ocupação ianque hoje atravessa uma guerra "não-convencional" de guerrilha, não por coincidência baseada em atentados tipo "terroristas" contra as bases militares do império nestes países. Perguntamos então a esta mesma esquerda revisionista, que insiste em afirmar o 11 de Setembro como uma expressão do "terrorismo individual", será que as forças das resistências armadas nos países ocupados pelos EUA, dirigidas pelas mesmas organizações que protagonizaram o ataque ao Pentágono podem ser consideradas como "terroristas"? Pelo menos não é esta a caracterização que lemos nas declarações da LIT e afins sobre as forças de resistência no Afeganistão e Iraque. Por que então estas organizações são taxadas de "terroristas" quando atuam em território inimigo? Será que só têm "autorização" concedida pelos revisionistas de atacar, com os meios de que dispõem os militares ianques em nações semicoloniais?

Como é absolutamente cristalino, a tese do "terrorismo individual" não se sustenta em nenhuma análise marxista minimamente criteriosa acerca dos acontecimentos do 11 de Setembro. Alguns setores da esquerda revisionista, que há dez anos saíram a condenar furiosamente os "atentados às torres gêmeas" hoje buscam "flexibilizar" suas análises, chegando mesmo a copiar descaradamente as posições assumidas pela LBI no calor dos acontecimentos. Este é o caso do PCO e de alguns "pilantroskos" que atuam solitários em pequenos círculos familiares. O PCO, que em 2001, integrava a tendência internacional liderada pelo Partido Obrero argentino, agora tenta delimitar-se com as escandalosas posições da LIT/PSTU, no caso do suposto assassinato de Osama Bin Laden no Paquistão em maio passado. O PCO curiosamente foi acometido de uma surpreendente amnésia política e esqueceu que firmou uma declaração do "CRCI" onde reproduzia a mesma posição morenista, "incriminando" a Al Qaeda como um "repugnante agrupamento terrorista". Outra corrente revisionista que ensaia uma autocrítica "meia-boca" é a TPOR, órfã do caudilho Guillermo Lora, agora já não considera Bin Laden tão "terrorista" assim!

Ao mesmo tempo em que uma parcela do revisionismo envergonha-se parcialmente das posições tomadas em setembro de 2001, o grosso da "grande família" dos pseudotrotskistas aprofunda os laços ideológicos com a "reação democrática" e agora já teoriza abertamente uma "aliança tática" com as forças do imperialismo contra "ditaduras" de nações não-alinhadas. Segundo esta nova "teoria" da revolução por etapas, elaborada não mais pelos velhos stalinistas como Dimitrov, o elemento da intervenção militar do imperialismo nos conflitos nacionais é secundário diante da "luta contra as ditaduras sanguinárias". A nova versão das "revoluções de fevereiro", criada originalmente pelo charlatão Nahuel Moreno, pressupõe uma "unidade de ação" com a OTAN, por exemplo, com o objetivo inicial de instaurar um "governo democrático pró-ocidental" no lugar das "velhas tiranias nacionalistas que impedem a liberdade da população". Esta é a política "oficial" da LIT e satélites aplicada em países como Líbia, Síria e Irã. Seguindo a trilha programática dos morenistas, a teoria renovada da "revolução por etapas" também pode ser utilizada em Cuba, por meio de uma unidade tática com "todas as forças da oposição" inclusive os gusanos de Miami.

A LBI com a mesma coerência programática que marcou nossa jovem corrente trotskista no início do século XXI continua incondicionalmente na trincheira oposta ao imperialismo, principal inimigo dos povos. Temos plena noção teórica do caráter de classe dos atuais adversários "reais" do imperialismo ianque, sabemos muito bem que já não existe a "cortina de ferro", que mesmo burocratizada era um importante ponto de apoio militar aos povos em luta, como foi em plena guerra do Vietnã quando fornecia armas e munição à guerrilha dos "vietcongs". Atualmente as forças de resistência à ofensiva mundial do imperialismo só podem "contar" com vazios discursos demagógicos da centro-esquerda burguesa, como o governo de Chávez na Venezuela que diz apoiar o Hamas, Hezbolah e os regimes nacionalistas do Irã e Líbia, mas nada faz de concreto. Muito provavelmente estamos muito próximos de adentrarmos em uma nova "virada" da situação mundial, onde a "nova ordem mundial" inaugurada pelo velho Bush após a queda da URSS poderá dar lugar à era das "revoluções humanitárias e democráticas" protagonizadas por Obama e a OTAN e contando com o apoio de aliados de "esquerda" como a LIT. Os próximos meses serão decisivos e com absoluta certeza o ano de 2012 abrirá uma nova etapa política mundial, dando sequência qualitativa ao recrudescimento imperial em toda a linha, iniciado em 1990. As próximas intervenções "humanitárias" das tropas do Tio Sam na Síria, Irã e Cuba determinarão o "triunfo" ou o fracasso do imperialismo ianque neste novo período histórico, sem que esqueçamos a base social da profunda crise estrutural do modo de produção capitalista. Como bolchevique não podemos dissimular a gravidade da situação política mundial, sob ameaça iminente da barbárie diante da ausência de uma direção revolucionária para a humanidade.

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ESPECIAL - 11 DE SETEMBRO
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11 DE SETEMBRO O OUTRO ATAQUE POUCO MENCIONADO
Há dez anos o Pentágono quartel general das forças armadas ianques, a mais poderosa do planeta, sofria uma humilhação histórica!


UMA RETROSPECTIVA HISTÓRICA MARXISTA

* A LBI e o 11 de Setembro

* A esquerda pseudotrotskista integrou de fato a frente contra-revolucionária "antiterror"


BIN LADEN ASSASSINADO NO PAQUISTÃO
A morte do "heroi dos povos muçulmanos" e a histeria nazi-imperialista que tomou conta dos EUA


OSAMA BIN LADEN "VIVO OU MORTO"
Um terrorista mundial criado pela CIA ou o braço armado do anti-imperialismo burguês?


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