Julio López
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Atualidades
Por Fritz Key - Sunday, Jul. 17, 2011 at 1:00 PM

Extraído do GEH - Grupo de Estudos Humanus - Acesse o Fórum para ler o texto "Atualidades", na seção em destaque: "Agência Sama - Notícias"

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Atualidades

"Quando se fala e não se é ouvido, só nos resta escrever, porque assim, quem sabe, este que escreve poderá retornar em uma reencarnação futura e dar continuidade à sua Obra, revendo-a e a atualizando".
O Mestre


Da mesma forma que existem no planeta milhões de escribas de aluguel, mercenários que, a peso de ouro, escrevem no sentido de sustentar o sistema podre e desumano, existem escritores e verdadeiros jornalistas que pagam para escrever e publicar obras antissistema, que para falar, só há quase quarenta anos passados, vêm contribuindo para desiludir o povo quanto ao dilúvio de mentiras e deformações históricas, (i)responsáveis por esta pseudossociedade decadente e caótica.

São estes centenas de heróis que há quase quarenta anos pagam para escrever, praticamente diariamente, por ideal a fim de denunciar a sujeira do sistema e apresentar uma nova concepção de vida capaz de auxiliar esta humanidade tão sofredora.

A seguir, alguns artigos antissistemas, escritos nos meios de comunicação mais limpos e respeitados no mundo:

"Se expressas o que está em ti,
o que expressas te salvará.
Se não expressas o que está em ti,
o que não expressas te destruirá."
Evangelho, Tomé




Messianismo Espiritual




messianismo material


Os humanos que estiverem de acordo com as opiniões e conclusões a seguir expostas devem urgentemente considerar o que podem e devem fazer para evitar o triunfo de um plano de dominação mundial executado por uma minoria de espíritos comprovadamente diabólicos, os quais insistem, de forma obcecada, em perpetrar seus crimes. Apesar de sua natureza anárquica, tais seres agem, paradoxalmente, de forma mentalmente organizada e sincronizada onde quer que se encontrem. E ainda que exogenamente aparentem ignorar os efeitos da perpetração de tal plano, que é nada menos que o degradação da raça humana e a destruição do mundo, endogenamente carregam no âmago de sua conspiração o germe da auto-destruição.
Com a foice do capital e o martelo da mídia do sistema nas mãos, espalham-se eles, errantes, pelos quatro pontos cardeais do planeta, dissimulados sob as máscaras da igualdade, fraternidade, liberdade, direitos humanos, democracia, socialismo, internacionalismo, procurando ocultar a sua verdadeira face: a do terror!

Que cada um se pergunte se quer ser um homem livre, a serviço de uma Força Superior e de um ideal de união com os seus semelhantes ou se quer permanecer escravo, privado inclusive do direito de reconhecer e servir ao Criador e à Sua Obra.
Nosso destino depende da correta compreensão e das medidas pertinentes a serem tomadas em relação ao assunto em questão.

Fundamentalmente, a Terra tem sido palco de uma luta bem definida e de extrema importância entre dois messianismos: o espiritual, que é o da evolução eterna, e o material, referente à vida terrena. Tal luta, apesar de imemorial, veio à luz e tornou-se explícita há pouco mais de dois mil anos.

Desde então, durante o decorrer dos séculos, os agentes do que chamaremos aqui de messianismo materialista trataram de estimular a desunião e o conflito entre os homens através da proliferação de seitas, crenças, ideologias, partidarismos políticos e filosofias que, de forma subliminar, vêm estabelecendo sobre o planeta, apesar das aparentes diversidades, uma única doutrina materialista e anti-cristã, de efeitos nefastos e devastadores. Para isso, destruíram de forma inescrupulosa e hedionda todo e qualquer ser, Estado ou Reino que representasse um obstáculo para seus planos, o que, conseqüentemente, lhes permitiu tomar à força mais e mais espaço para implantar seus hábitos e até mesmo uma potência nuclear atômica para garantir sua atual expansão e dominação através do globo.

E como essa história é antiga, conseguiram fazer desaparecer da face da Terra todos os profetas, Sócrates, os mayas, João Batista, o Messias, Estêvão, Joana D'Arc, o Império Inca, os Cátaros, todas as monarquias cristãs (as quais tiveram sua representação maior no czarismo absolutista), todos os governos hierárquico-verticalistas, enfim, todos os que ousaram não se enquadrar na ideologia do pensamento único. E, alguns, além de terem sido destruídos, tiveram suas memórias manchadas e deformadas, como aconteceu com Antônio Conselheiro, Lampião, Nietzsche, Ezra Pound... Porém, apesar da inaudita insistência em causar estragos ao longo dos séculos, o messianismo materialista não conseguiu fazer desaparecer por completo seu alvo primordial: o espírito cristão em sua mais pura essência. E tal intento só poderia ter fracassado - e sempre fracassará - porque esse espírito cristão é a mais alta expressão da Verdade e se encontra gravado no coração de cada homem. Por mais contaminadas que estejam as pessoas, elas sempre ansiarão por se livrar do mal e viver a graça da liberdade.

Lançando nosso olhar ao passado, não nos é possível deixar de enxergar, no decurso da História, que os ensinamentos mais preciosos contidos nos Evangelhos, além de não terem sido praticados, foram violados, pois o que se tem disseminado é justamente a prática oposta dos mesmos! Como se isso não fosse suficiente para chocar qualquer ser humano sensível - mais ainda os que se apresentam como cristãos - o que assistimos, assombrados, é uma total indiferença à vida espiritual por parte dos mesmos. E, pior que isso, uma absoluta conivência em relação a essa completa desobediência aos ensinamentos do Cristo!
Quando Jesus veio ao mundo, Ele interrompeu a perpetuação da guerra, contemplando os homens com a radiosa Luz do amor e da paz através da Sua Mensagem renovadora e redentora, que ensina substituir o olho por olho dente por dente pelo amar ao próximo como a si mesmo. Além disso, o fato de mostrar aos homens o caminho da verdadeira espiritualidade provocou um marco na História da humanidade e um dissídio na ortodoxia judaica, uma vez que corrigiu os rumos do judaísmo, dando início a uma Nova Concepção de Vida.

E tudo ocorreu de forma tão forte e marcante que Ele conseguiu transformar o nada e o tudo no Antes e no Depois de Cristo, agraciando os homens do mundo inteiro com a verdade universal do Messianismo Espiritual. Não obstante, paralelamente à Sua força, à Sua luz e ao Seu amor, desenvolveu-se, em direção oposta, o messianismo materialista, em relação ao qual Ele advertiu os homens, dizendo: "Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai amar o primeiro e odiar o outro, ou aderir ao outro e desprezar o primeiro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro!"

O Velho Testamento, parte integrante de nossa herança religiosa e cultural (que serviu de material de trabalho para Jesus confirmar ou demolir seus registros), predicou-nos o monoteísmo; os profetas de Israel prepararam o caminho do Messias e outras coisas de grande valor. No entanto, com o começo da era cristã, introduziram-se em nossas vidas, tanto em âmbito religioso como moral, ético e filosófico, certos conceitos fundamentais antes não existentes. Além disso, também se iniciaram importantes linhas de ação em todas as esferas da atividade humana, as quais perduram até os dias de hoje, e que são os resultados diretos da influência cristã em todas as áreas da vida. Portanto, essas são algumas provas de que o tema central de nossa existência são os ensinamentos dEle, do Filho do Homem, que veio para estabelecer na Terra o Reino de Deus.

Se na Terra estivesse tudo conforme Deus quer, Ele não precisaria ter se dado ao trabalho de vir até aqui, nesse vale de lágrimas, e ter se submetido ao atroz sofrimento a que se submeteu para mostrar o que estava errado e o que estava certo; que o errado é errado e o certo é certo; e que o certo não pode ser errado nem o errado pode ser certo.

Porém, os chefes do messianismo materialista recusaram-se a aceitar a Divina Lei e imediatamente encetaram uma violenta oposição aos ensinamentos predicados e praticados por Jesus. Desde então, aqueles asseclas do Confundidor têm tratado de crucificar cada cristão da mesma forma que crucificaram o Divino Mestre, tentando, por todos os meios, sujar a pureza da nova aliança firmada entre Ele e seus verdadeiros discípulos, a qual se encontra gravada não na pedra, mas em nossos corações. Em lugar do verdadeiro messianismo espiritual, que se ocupa com o Reino de Deus e com a prática fiel dos Seus exemplos e ensinos, Satan intenta impor o falso messianismo na Terra. E tão grande é a sua ganância que nem mesmo Jesus escapou de sua investida. Mas o Divino Mestre rejeitou-a categoricamente, negando-se a querer possuir todos os bens materiais e ser "chefe" desse mundo, mesmo porque o que poderia representar ao Rei dos Reis aquela insignificância que o diabo em pessoa Lhe oferecia diante da incomensurável grandiosidade dos Bens espirituais dos quais Ele é Senhor?

Alega o diabo que o primordial desígnio da vida humana não deve ser a preparação para a vida espiritual e eterna, mas uma luta feroz pelo poder material. E, infelizmente, nessa tarefa tem ele muitos adeptos ativos, pois a maioria, inconsciente, é dirigida por uma minoria de conquistadores do mundo, fanáticos e convencidos de seus propósitos de manipulação alheia. E não se pode esquecer que esses mesmos dominadores não são guiados por uma figura de chifres e rabo, mas sim por um chefe dotado de um grandioso poder ilusionista, do qual emanam influências provindas de uma força inferior. Portanto, todos os que se renderam, no decurso dos séculos, a tal chefe, converteram-se em discípulos dele, ou seja, indivíduos com política, credo, métodos, hábitos e metas bem planejadas e insistentemente perseguidas. São eles os messiânicos materialistas.

Os que começam a observar mais atentamente tanto o comportamento como o modus vivendi de tais pessoas (que, além de tudo, ainda se dizem "religiosas"), ao perceberem o efeito deletério de suas ações, sentem-se normalmente animados a evidenciar-lhes os erros de conduta. E assim, os esperançosos candidatos a converter os messiânicos materialistas em messiânicos espiritualistas empregam inauditos esforços para demonstrar-lhes a perniciosidade de comportamentos desumanos, tanto para si mesmos como para suas famílias, para a sociedade e até para o planeta. Enfim, para um ser que começa a enxergar a causa oculta dos efeitos visíveis, toda esperança é nutrida, todo sacrifício é feito no sentido de salvar a si próprio e ao seu próximo das agruras do messianismo materialista. Porém, o que se dará sempre nessas batalhas, por mais absurdo que pareça, é uma total derrota. O bem intencionado interlocutor encontrará, por parte dos messiânicos materialistas, uma intransponível barreira, incapaz de dar a mínima abertura sequer para uma reflexão sobre a ambiguidade e desatino de seus atos. E após todas as tentativas, ele acabará, exausto, sentindo-se um estúpido. Aliás, seus ouvintes, com cinismo, soberba e suposta superioridade, partem do princípio de que as pessoas são mesmo estúpidas. Mas quando tal suposição cai por terra diante de um contendor inteligente e perspicaz que lhes esfrega na cara a sujeira que eles escondem debaixo de seus tapetes, fingem-se eles mesmos de... estúpidos! Em outras palavras, quando "apanhados pelo rabo", como se diz, em assuntos que lhe são inteiramente familiares, alegam desconhecimento de causa e fazem-se de bobos e de vítimas... E se ainda assim não der resultado essa artimanha, cujo objetivo é confundir o interlocutor e esconder sempre suas reais intenções, instauram eles um silêncio provocador e recusam-se a entender o que se lhes é dito e, de repente, pulam para outro assunto, muitas vezes abordando os mesmos temas, só que de forma totalmente às avessas. Além disso, diante de uma incontestável verdade factual, saem-se com verdadeiros truísmos, e de forma tão descarada que um santo homem poderia julgar-se insano em pouco tempo de convivência. E, muitas vezes, trata-se de verdades tão preciosas que poderiam representar-lhes a verdadeira salvação!

Enfim, por onde quer que peguemos esses esbirros da mentira, tentam eles escapulir como bagres ensaboados das mãos da reflexão. Quando em público são completamente derrotados, não vendo outra saída a não ser se render e reconhecer o que está sendo evidenciado, experimenta-se uma grande decepção.

Ante todo o exposto, no dia seguinte, assiste-se, admirado, que nenhuma mudança, por mínima que fosse, ocorreu. Fingem ter esquecido inteiramente do que lhes havia sido dito na véspera e repetem os mesmos antigos absurdos como se nada, absolutamente nada, houvesse acontecido! Mostram-se então encolerizados, surpresos e, principalmente, esquecidos de tudo, exceto de que o debate tinha terminado por evidenciar a verdade de suas afirmações... É de pasmar! Não se sabe o que mais admirar: se a sua verborragia, seu cinismo ou o seu talento na arte de mentir... Nós, durante o trabalho realizado nas sete edições da revista Humanus, deparamo-nos, em diversos momentos, com pessoas como as aqui descritas que, quando desmascaradas, tentavam retaliar, de forma covarde, quem lhes está dizendo a verdade e mostrando as consequências de seus pensamentos, palavras e atitudes. Em suma, tentavam prejudicar justamente seus únicos benfeitores.

Quem poderia, honestamente, condenar as infelizes vítimas de tais programadores depois de conhecer as diabólicas habilidades desses últimos, se até a nós, conhecedores que somos de suas mais variadas artimanhas, estava difícil nos defender e desmanchar a dialética de seus milenares ardis?
Quão difícil estava sendo obter qualquer êxito em dialogar com seres que tentam inverter todas as verdades, que negam descaradamente o argumento há pouco apresentado para, no minuto seguinte, utilizá-lo contra aquele que acabou de lhe apresentar o mesmo!
Em resumo, quanto mais nos aprofundamos no conhecimento da dialética dos messiânicos-materialistas, mais nos sentimos confiantes e esperançosos na inexorável ação da Justiça Divina.

Já dizia um quase esquecido escritor: "Uma coisa não se pode e não se deve esquecer: a maioria jamais pode substituir o homem. Ela é sempre advogada não só da estupidez, mas também da covardia. E da mesma forma como cem tolos reunidos não somam um sábio, não é provável que uma decisão heróica surja de um cento de covardes".

Por isso, se o leitor não é um sábio, o que não é motivo de vergonha ou complexo de inferioridade, posto que estes são, até então, poucos, muito poucos, ainda lhe resta a sublime oportunidade de não ser um covarde!
Coragem, humanus!

Nem tudo está perdido, mas é preciso agir, e rápido! As forças do mal sempre existiram, desde o princípio, é verdade, e juntaram-se e organizaram-se universalmente com a direção do "chefe" deste mundo, assumindo, ao mesmo tempo, uma forma mais insidiosa que todas as guerras: a destruição por meio da idéia.

A gravidade da situação atual reside nos danos causados pelo espírito subversivo materialista que impera na nossa época e cuja influência todos sofrem, muitas vezes inconscientemente. E tal espírito só se tornou um elemento destrutivo porque os povos deixaram-se dominar por ele.

No entanto, é inadmissível que assistamos ao massacre e à destruição dos seres humanos, das nações e do planeta sem tentarmos alguma coisa em sua defesa.

A primeira parte da luta contra o messianismo material deve consistir em elucidar a questão-chave de todo o problema: os homens se darem conta de quem e o quê está por trás de todo esse terrível plano de desespiritualização do homem.

Nunca se insistirá demasiado sobre este ponto. Existem determinados assuntos que são praticamente interditos, proibidos, mas a situação está se tornando cada vez mais grave e já não é possível calar.

Esta questão é planetária, pois se trata da luta entre dois conceitos de civilização diametralmente opostos, sendo que um dos dois deverá perecer ou triunfar no mundo. Uma grande vantagem encontra-se em favor dos que querem se libertar do jugo dos messiânicos materialistas: as faculdades mentais inatas destes, ultradesenvolvidas durante dezenas de séculos, são apropriadas para fazê-los imitar e utilizar o que os outros produzem em todas as áreas, mas raramente os tornam capazes de uma produção original. No dia em que, em lugar de viverem às custas dos outros, só dependerem de si próprios, a situação lhes parecerá infinitamente desagradável, posto que será fatal. Além disso, não podendo mais se insurgir contra os povos agora despertos, unidos e em ação, o espírito de revolta que lhes é inerente voltar-se-á contra eles mesmos. E será justo que utilizem, contra si próprios, as faculdades destrutivas que por tanto tempo dirigiram contra os humanos que sempre aspiraram viver dentro da lei do Messianismo Espiritual, que tem por princípio fundamental a Luz, a Paz e o Amor.
Sabemos que o problema é intrincado, perigoso, repleto de dificuldades e de riscos; todavia, não será praticando a indiferença suicida e ignorando-o deliberadamente que o resolveremos.

O mundo moderno considerado "livre" chegou à linha divisória em que se deve decidir se os homens irão se levantar e lutar ou se irão se submeter, mansa e passivamente, ao destino que já está preparado para seus pescoços. Não está bastante claro que, uma vez compreendidos os perigos que nos cercam, não nos submeteremos?

Neste caso temos que definir os objetivos que nos animam e a forma de alcançarmos a vitória. Para isso deve haver esforço e sacrifício. E quanto maior for o entusiasmo, maior será a realização. Não será suficiente o incentivo que proporciona a absoluta necessidade de sobrevivermos como homens livres, espiritualizados e conscientes? Nesta causa devemos empregar, o quanto pudermos, nossas melhores energias, nosso tempo, nosso dinheiro, nossas posses, nossa força de vontade e até nossas vidas! Peçamos Guarnição Divina e auxílio de Deus, mas coloquemos algo de nossa parte! O que a Humanus pode, deve e vem fazendo é justamente informar a todos os homens de boa vontade sobre os perigos e as medidas necessárias para deles se livrar, e indicar a porta de acesso ao encontro da Verdade. Sabemos que é inútil e estéril atacar o materialismo em teoria, deixando o controle do "poder" e, sobretudo, das informações, nas mãos de seus adeptos.

A conspiração dos messiânicos materialistas, como já vimos, baseia-se num engano colossal, numa mentira imensa e complexa. No entanto, uma vez desmascarada, será impossível mantê-la. Por isso afirmamos: temos que estudar e refletir sobre os problemas aqui esboçados e partilhar com o semelhante nossos sentimentos e conclusões. A desvelação de tão complexa mentira é, em verdade, simples, e pode ser claramente compreendida pela maioria das pessoas decentes.

Ao iniciar uma ação em favor da libertação do jugo do inimigo, é evidente que ele atacará. Intentará desanimar-nos, intimidar-nos, e nos colocará à prova com suborno, pressão e infiltração. Por um lado, criará e dirigirá atividades que fingirão ser nossas aliadas, e, por outro, prosseguirá com a confusão e a crueldade. Mas isso não pode nos desviar de nosso caminho.

A luta contra o espírito materialista e destruidor não deve ser e não será nunca violenta, mas sim contundente e definitiva. Deve assumir um caráter internacional, e é preciso que uma mesquinha limitação egoísta de enxergar a vida não ponha obstáculos à união indispensável de todos os elementos sãos e ainda descontaminados do globo contra o inimigo comum. E quanto mais tardarmos, mais ruínas irão se acumulando. A humanidade está anestesiada e dormida, mas em essência é ela sã, saudável, e por isso devemos nos unir e auxiliá-la a reencontrar e trazer à tona seus melhores instintos, seus verdadeiros valores, seu sentido de existir e assim conferir-lhe uma expressão prática, limpa e eficaz socialmente.

Sendo nossas proposições certas e requerendo ação, esta atividade não poderá levar-se a cabo eficazmente sem adquirir certa forma de organização.

Antes de mais nada é preciso operar em nossa própria conversão, sem esperar a conversão do adversário. Depois, é preciso libertar-nos dos mortíferos princípios que nos foram inoculados pelos conspiradores, tais como as falsas "liberdade", "igualdade" e "fraternidade". É preciso abandonar o liberalismo, a demagogia, o ateísmo considerado religião oficial, as crenças vãs e a política parlamentarista postiçamente democrática. É preciso um governo que não seja apenas um regime político, mas que compreenda em seu conjunto um sistema de atuação política, social e religiosa que, pela sua essência, se oponha a todo princípio subversivo. O ódio dos messiânicos materialistas por governos semelhantes, como, por exemplo, pelas monarquias, prova-o cabalmente.

Deve-se levar em conta que a mentalidade de um povo não é um produto espontâneo e livre; é criada e formada por diferentes meios, sendo os principais a escola e os meios de comunicação. É preciso, pois, tomar conta destes dois fatores da opinião pública. É indispensável voltar às tradições, à ordem, à hierarquia social, à verdadeira iniciação religiosa e tudo o que pode refrear as forças cegas da corrupção popular e o poder ilimitado do dinheiro. Assim, conseguiremos subtrair-nos a esta embrutecedora mentalidade econômica atual, de origem anti-cristã, que torna os negócios e o ouro o fim supremo e razão de ser da vida, em detrimento da cultura, da beleza e da elevação tanto moral como espiritual.

Então, o organismo social voltará à normalidade e o micróbio do messianismo materialista nada poderá contra ele porque, ao fim e ao cabo, o mal e a mentira jamais triunfarão. O Bem e a Verdade ganharão a luta, pois é este o motivo dominante de toda a História. No entanto, a vitória só será alcançada quando os seres humanos tiverem compreendido as questões pelas quais se debatem, isto é, as causas ocultas dos efeitos visíveis, através de um grau mais elevado de compreensão, e tiverem decidido então, com plena determinação, não deixar nada por fazer até que os messiânicos materialistas tenham sido derrotados.

Os que se interessam em ler a Revista Humanus quiçá encontrem, ao longo de seus volumes, alguma informação prática que possa lhes ser útil e, principalmente, percebam a relação dos temas entre si no que diz respeito a vários fatores extremamente importantes e que convergem para o mesmo ponto.

Esta não é uma questão de partido, de ideologias, de sectarismos, de individualismos. É muito mais importante do que as "meias verdades", destinadas a confundir, e mais importante ainda do que as declarações falsas, que constituem a maioria das ações dos governos, das religiões institucionalizadas, da cultura e da arte desviada. Trata-se de um caso complexo que não tem sido exposto como um problema grave, gerador de perigo para toda a humanidade. Iniciemos agora, antes que seja demasiado tarde, a compreensão destas questões que nos rodeiam e da necessidade de uma ação em união. Só assim asseguraremos a verdadeira liberdade e a fraternidade dos humanos sob a lei de Deus.
Confia, Humanus! Porque, está escrito:

"O chefe deste mundo já está condenado.
Muitas coisas tenho ainda a dizer-vos,
mas não podeis compreender agora.
Quando ele vier, o Espírito da Verdade,
conduzir-vos-á à verdade plena.
Pois não há de falar por si mesmo, mas dirá
tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas futuras.
Ele me glorificará,
porque receberá do que é meu para vos anunciar. (...)
Disse-vos isso para que em mim tenhais a paz.
No i-mundo tereis aflições.
Tende confiança!
Eu venci o i-mundo."




Até sempre!

Joaquim José de Andrade Neto



Deseducação Mundial

Veja e ouça:

http://www.samamultimidia.com.br/valueadmin/002/doc/7559_escola-humanus-ser.pps


A MÁQUINA DE IDIOTIZAR

Alain de Benoist




O homem quando nasce é um ser inacabado. Para completar-se necessita aprender. Aprender o que fazer e como fazer. Em outros tempos tinha diversas formas de adquirir conhecimentos e técnicas de como fazer.

Na atualidade, existe só uma: a escola. Não obstante, a escola está em crise em todos os países industrializados. Concretamente na França, país que dedica a cada ano quase 100 milhões de euros à educação e no qual os recursos têm duplicado praticamente nestes vinte anos, todos coincidem em constatar que a escola vai mal mesmo. Muitos limitam-se a constatar somente as patologias cotidianas (violência, drogas, incivilidade, etc.) que só são epifenômenos. Outros, e com motivos, denunciam o centralismo estadual, a ineficácia burocrática do mamute da educação nacional, das aberrações do "pedagogismo" e a crença de que o mundo todo pode seguir uma escolarização normal até o segundo grau. Mas em todo Editorial publicado na revista francesa Eléments, n° 104, março de 2002, sob o pseudônimo de Robert de Herte, esse assunto continua ficando em sua superfície.

A escola sempre é o reflexo da sociedade, ao mesmo tempo em que a fortalece, ao reproduzir suas características essenciais.

O ideal que aspirava "transformar o homem" mediante a educação (a "regenerar a humanidade" através do "aperfeiçoamento geral da espécie", como dizia Condorcet) entrou em bancarrota. Aquele outro, muito mais modesto, que buscava transformar os indivíduos em cidadãos ("é a educação quem deve dar aos espíritos a formação nacional", assegurava Rousseau) também tem fracassado. Pelo menos esses dois ideais reconheciam a necessidade de aprender e transmitir. É esta necessidade que está sendo atualmente questionada.

¿Pode a escola transmitir (nomes, histórias, símbolos, conhecimentos, obrigações) em um mundo que já não quer transmitir, senão simplesmente comunicar?

¿Pode instruir em uma sociedade que só se move pela programação utilitária e o pragmatismo da eficácia?

¿Para que aprender se uma máquina pode fazê-lo por mim?

¿Para que aprender se isso não me serve para nada?

¿Por que aprender se a única meta na vida é prender, pegar?

São todas as finalidades do ato de aprender que têm cambiado. E assim sendo, podemos esperar qualquer contradição da escola, desde o instante em que, tendo renunciado a educar há muito tempo, está chegando ao ponto no qual já não sabe nem como instruir.

Mas precisamos ir mais longe. O ensino privado sempre tem sido em grande parte, um ensino confessional. E continua sendo-o, salvo no caso de que a religião da economia tem substituído às demais - e que, sob sua influência, a escola pública também seja privatizada. À medida que a lógica do capital estende seu domínio, a escola vem se transformando e cada vez mais na antessala dos departamentos de contratações. "é na escola onde se forja a competitividade das nações, das empresas e dos indivíduos", leia-se recentemente em Valeurs actuelles (8 de fevereiro de 2002). Então, se percebe como a educação vem sendo um processo de entrada no mercado, perspectiva esta puramente utilitária pela qual a formação dos alunos deve ser considerada antes de tudo como um investimento econômico e um serviço rendido ao mundo do dinheiro. Detrás do duelo irrisório entre "republicanos " e "liberais", entre partidários de uma restauração da ordem e os paladinos dos deixar-fazer, tem-se que saber distinguir a ofensiva do mercado.

A escola é no melhor dos casos, por falar assim, só um médio para inculcar fórmulas e conhecimentos para ser o mais eficiente possível. Na "escola do capitalismo total" (Jean-Claudc Michéa), aprende-se a adquirir conhecimentos "úteis" é dizer, os atalhos e as técnicas necessárias para navegar, com piloto automático, "no mundo criado pelo maligno, o mundo de aqueles aos quais já não há nada que ensinar" (Péguy).

Aprendem a maximizar seu interesse pessoal durante a vida toda. Aprender a satisfazer-se com o presente, considerando-o como o único possível, é dizer, esquecer-se do passado e se desesperar pelo futuro. Esta forma de aprender nutre-se naturalmente da falta de interesse, do abandono do espírito crítico. Alimenta-se disso e o estimula.

Efetivamente, não é a falta de cultura o que mais surpreende da maioria dos jovens (os mais velhos são em grande parte mais ignorantes) senão a ausência de total interesse e de espírito de indignação, ainda pelo menos que fosse breve, sendo como em todas as épocas foi o próprio do fim da infância.

"O ato de aprendermos na perspectiva de compreendermos a nós mesmos nos torna homens livres e críticos", escreve Charles Coutel (Pourquoi apprendre? Pleins Feux, Nantcs, 2001). De fato, a escola era vista antes como um meio privilegiado de emancipação. Mas se tem convertido no contrário: em um local para viver confortável e conforme, um concentrado de tudo o que aliena no seio da sociedade global. Aí já não se aprende a ser livre, a pensar por si mesmo, senão a conformar-se com a lógica do capital.

¿A escola já não cumpre com seu papel?

Do ponto de vista da ideologia dominante a mesma o cumpre à risca.

Refletir constitui um obstáculo para o consumo, que exige indivíduos sem referências.

Então é necessário que os indivíduos sejam dissuadidos a refletir. A escola desempenha seu papel maravilhosamente para isso. Fabrica em série sujeitos não críticos, seres inautênticos que fogem a qualquer relação de sentido, indivíduos flutuantes que crescem apaixonados pelas "marcas", abertos a todas as pressões e sugestões consumistas. A televisão tem suplantado a educação dos pais, levando aos jovens confundir o real e o imaginário, roubando-lhes o dirigir das categorias simbólicas de pessoa, espaço, e tempo. A escola fabrica em cadeia crianças ao mesmo tempo informes e prodigiosamente conformes.

Então, pode se ver para onde nos dirigimos. A ascensão do consumo escolar, com a cumplicidade dos pais que são os primeiros em afastar sua progenitura em relação a quaisquer conhecimentos culturais que, aos seus olhos, considere inúteis para "se expandir" e "conseguir um emprego", levará a deixar que o mercado regule a oferta educativa, o que acentuará as desigualdades sociais e geográficas. Tendo por um lado um ensino "único" produzindo uma massa informe de consumidores e indivíduos descerebrados, e pelo outro lado, elites formadas e adestradas ao serviço exclusivo do capital; a escola está sendo chamada a reproduzir a sociedade a duas velocidades, na qual já é uma de suas pedras angulares. Sistema em forma de espelho para enganar pássaros, sistema que atrai e desespera ao mesmo tempo. Sabíeis que, em relação aos nascidos por volta de 1945, a taxa de suicídios comparada aos nascidos em 1960 se tem mais que dobrado?

Extraído da revista Nihil Obstat



ESTE É O PIOR SISTEMA POSSÍVEL

Eduard Punset

O modelo educativo prevalecente consiste em encerrar em um espaço reduzido um grupo de crianças da mesma idade, para que assim desenvolvam as mesmas habilidades: trinta crianças escutando a um professor que pontifica sobre o que ele sabe, sobre os assuntos que a eles possam interessar e que necessitam aprender para, mais tarde, situar-se na vida. Trata-se de modelá-los a um modelo concreto; não criando uma convivência entre um número variado de pessoas de idades e habilidades variadas, que possam desenvolver caminhos pessoais e assim colaborar para auxiliarem-se mutuamente e como grupo. Os avanços realizados na digitalização dos bancos de dados e os conhecimentos permitirão, com o tempo, individualizar a oferta educativa, em lugar de digitalizar o que é obsoleto, tal como acontece na maioria dos centros escolares.

Este modelo fechado cria, inevitavelmente, condições competitivas extremas. As crianças se comparam constantemente umas as outras. Não aprendem a auxiliarem-se, a colaborarem, a compartilharem as tarefas. Todos servem para o mesmo, levam a cabo tarefas idênticas; não aportam nada específico à equipe, nem desenvolvem suas qualidades pessoais, nem valoram as diferenças, nem se responsabilizam pelo seu entorno, seus colegas ou seu próprio aprendizado, e competem pela atenção do mesmo professor. Se a pretensão é formar adultos que saibam colaborar, este é o pior sistema possível.

As crianças extraem das comparações seus conceitos de normalidade e êxito. E ainda é sabido que no mundo dos adultos um dos principais obstáculos para estar bem consigo mesmo é a mania de comparar-se aos demais, o que gera frustração e insegurança. O sistema educativo ensina as crianças não só a competir como também competir com os mais próximos e comparar-se com estes em todos os sentidos.

¿Quem sabe mais, de "matemática"?

¿Quem se veste de uma determinada forma?

¿Quem é mais bonito, mais popular?

¿Quem leva a melhor com o professor?

As crianças crescem num ambiente fechado, excessivamente comparativo e competitivo.

Muitos docentes e pais percebem que existem problemas graves no modelo educativo, do qual desconfiam, e buscam alternativas para assim desativar sua parte mais brutal. Pensam que é conveniente, por exemplo, anular as avaliações, para evitar assim as comparações lesivas. Mas minimizando a importância ao sucesso acadêmico e mantendo o entorno competitivo e comparativo, não se desativa a parte negativa do sistema, já que as crianças continuam competindo, embora que exclusivamente centradas em comparações pessoais que, em casos extremos, podem deflagrar condutas de acosso escolar. Mantém-se, pois, o foco destrutivo da competitividade e se muda sua influência onde mais dano pode causar: ao âmbito pessoal. Cria-se um entorno sufocante e artificial, necessariamente competitivo no pior sentido da palavra, e depois se deixam os parâmetros para serem medidos nas mãos das mesmas crianças.

Em contrapartida, deixa-se cego o sistema porque este já não pode avaliar sua própria eficácia ou sugerir à criança pautas de superação e de competência acadêmica. Em suma, evitar as avaliações acadêmicas não impedirá que a criança conviva em um ambiente competitivo. Para isso, teriam que mudar as bases do próprio sistema. É necessário idealizar um sistema educativo capaz de fomentar os valores de colaboração, fato que só se consegue se os jogadores, as crianças neste caso, conseguirem confiar nos demais e no fato de que, a longo prazo, resultar-lhes-á mais benéfico colaborar do que competir.

Se Lynn Margulis tem razão quando define o conceito de endosimbiose, a missão fundamental do sistema educativo, teria que criar as bases psicológicas da colaboração, já que nenhuma sociedade poderá liberar a lógica cooperativa se seu sistema educativo não ensina a pensá-la. Dentro desta contradição entre os planos instintivo e lógico e os modelos impostos nos anos de formação, se forjam, com toda probabilidade, grande parte das tensões emocionais que mais tarde dificultarão a viagem à felicidade. (...)

A educação pode determinar a estabilidade emocional e a capacidade inovadora do grupo ao qual se transmite o conhecimento. Em um capítulo anterior, examinamos os defeitos de um sistema educativo centrado exclusivamente no impulso inato da competividade, no detrimento da prática de colaborar herdada da história da evolução. Mas quando se trata de correlacionar os níveis individuais da educação e os níveis da felicidade, os dados, novamente, não dão razão a ninguém. Os pesquisadores da escala do bem-estar afirmam que a capacidade de desfrutar dos entrevistados não está condicionada ao seu nível educativo, mas sim por outros fatores como o temperamento ou a qualidade do sono, que são bem mais determinantes. Não se está descobrindo nada de novo.

¿Quem não tem conhecido algum erudito tóxico?

Quando me encontro com algum, sempre me lembro do avô Monget, que aos setenta anos ainda trabalhava na vinha e na horta e contemplava o fluir do rio de uma cadeira de palha frente à porta da sua casa, no seu povoado natal Vilella Baixa.

¿Quem é mais feliz, e sábio?

O avô Monget, por suposto.

Mas existe outro motivo que explica a surpreendente ausência de correlação entre a formação teórica ou acadêmica e a felicidade, que foi apontado em um livro anterior intitulado Adaptar-se a maré. "Infelizmente, para aprender e tomar decisões só se dispõe do conhecimento genético, do revelado, do aprendido, e do científico. Não tem outros".

O primeiro salva muitas vidas de nossos antepassados. Graças ao medo instintivo às serpentes e aranhas, fossem venenosas ou não, o autor deste livro e seus leitores podem refletir conjuntamente. Sem esse conhecimento genético, nossos antepassados não teriam sobrevivido e nós não teríamos nascido. Mas todo mundo concordará comigo que na Quinta Avenida de Nova Iorque, no Paseo de Gracia de Barcelona ou na Puerta de Alcalá de Madri este conhecimento resulta bastante irrelevante.

Descartemos o conhecimento revelado uma vez que é só direcionado a quem o aceita como tal. Que não representa a maioria, e nem todos os que comungam com ele tem o mesmo grau de formação. O conhecimento aprendido, qual nos tem ensinado na escola é, maioritariamente, infundado. Citando alguns quantos exemplos a título de lembrança: "Estamos programados para morrer" - diz o conhecimento aprendido -, mas os geneticistas ainda não encontraram o gene desenhado para produzir a morte do organismo. O envelhecimento e a morte chegam quando na luta entre as agressões à nossa rede celular e os esforços reparadores e regeneradores, prevalecem as primeiras. Nem um gene determina que esse acontecimento tenha que ter um final tão acelerado.

Outro exemplo: todos os meus amigos físicos me dizem: "Eduard, o noventa por cento da realidade é invisível" , enquanto que quase todos os empresários se comportam como se somente desconhecesse um décimo por cento da realidade e conhecessem quase os noventa por cento de seus projetos. Que esquisito que a verdade do universo não seja verdade em nossa vida particular! E um último exemplo: de criança me ensinaram que a mulher procedia de uma costela de Adão, porem meu amigos biólogos moleculares, como Margarita Augier de Washington DC, me dizem o contrário, é dizer, que, em realidade, nós homens procedemos do feto feminino. A listagem é infinita, mas é fácil chegar à conclusão de que a maior parte do conhecimento aprendido não tem nenhuma base.

¿E o que podemos dizer a respeito do conhecimento científico?

Provavelmente, a irrupção do conhecimento científico na cultura popular será o acontecimento mais revolucionário dos últimos séculos. Trata-se de um dos conhecimentos extremamente humilde, isto porque está submetido ao experimento e ao ensaio e não admite grandes pronunciamentos baseados na fé ou na autoridade divina. É um conhecimento baseado, primordialmente, em fazer perguntas à natureza em vez de fazê-las às pessoas.

¿Por que se produz o aquecimento do planeta?

¿Por que um tumor cancerígeno se comporta como uma célula terrorista que não escuta ao resto da comunidade da qual faz parte?

¿Que estilo de comunicação se estabelece entre o cérebro herdado dos répteis e as camadas desenvolvidas depois no neocórtex?

E para terminar, o conhecimento científico aspira sempre avaliar e quantificar o que está acontecendo. Existem suficientes provas de que este tipo de conhecimento adapta-se melhor às aspirações da espécie humana que as anteriores, mas ainda é muito sensível, extremamente jovem e necessita tempo para consolidar-se. Não é estranho que o nível de educação e de felicidade, a duras penas, estejam correlacionados.

Até hoje, a educação tem tratado fundamentalmente sobre outros assuntos relacionados ao conhecimento. É provável que daqui um milhão de anos - as mudanças culturais, como sabem os paleontólogos, são de uma lerdeza extrema -, apareçam, por fim, paralelismos entre as linhas da felicidade e do conhecimento.

* Eduard Punset (1936), é advogado e economista. Foi Ministro de Relações para as Comunidades Europeias; Conselheiro de finanças do General Itat de Catalunha; Presidente da deleção do Parlamento Europeio na Polônia. Tem colaborado como jornalista na BBC e no jornal The Economist. Tem representado ao FMI no Caribe. Atualmente dirige e apresenta na TVE o programa Redes. Os parágrafos que seguem foram extraídos de El viatge a la Felicita!

Extraído da revista Nihil Obstat



ESCOLARIZAR NÃO É EDUCAR

Jordi Garriga

"Tal e como se educava aos persas: atirar com arco e dizer a verdade"
Friedrich Nietzsche [1]

Educa era uma pequena divindade romana que encarregava-se de ensinar as crianças mais pequenas a comer e beber após o desmamar [2]. Um pedagogo era um escravo que se encarregava de atender aos filhos dos patrícios romanos com as suas obrigações escolares.

Hoje as coisas têm mudado: a educação atualmente é um enorme campo de batalha entre políticos, funcionários, famílias... e os pedagogos parecem estar encantados com a ideia de escravizar professores e alunos com suas teorias educativas, as quais nos tem levado à atual situação de deriva, de caos onde se misturam interesses e ideologias e onde só tem uma vítima: o futuro de nosso povo.

Porque todo povo, grande ou pequeno, é antes de tudo uma comunidade vinculada com o futuro, com um objetivo comum. Se faltar esse futuro, esse objetivo, a comunidade simplesmente desaparece. Por isso é necessário educar, instruir, transmitir conhecimentos e valores que permitam às gerações sucessivas manter essa coesão nacional, esses objetivos comuns. Também é certo que os objetivos podem ser modificados no transcurso dos anos, que novos conceitos e novas condições alterem um programa de convivência adotado anteriormente, mas isso é algo que nunca se pode prever. O trágico é que os homens do futuro escolham objetivos que podem ir contra a sua própria sobrevivência. Então a educação tem que acompanhar o marco comunitário que rodeia ao aluno, a criança que se tornará um adulto e talvez dirigirá o destino de seu povo. A educação jamais pode estar em mãos diferentes à cultura e às tradições dos pais do aluno.

Contudo, como bem aponta Alain de Benoist no seu artigo A máquina de idiotizar, hoje a educação se encontra em mãos dos interesses do mercado, à mercê dos interesses de quem conduz a economia mundial, e obviamente o que estes mais gostam é de massas idiotizadas, concentradas na busca da felicidade pessoal, sem de cultura definida, apenas com a cultura comercial e a difundida pelos meios de comunicação. Nada de filósofos ou poetas, esses são entretenimentos para os momentos de ócio, senão seres criados iguais e intercambiáveis na grande maquinaria do crescimento perpétuo.

Os lugares para isso conseguir são chamados de escolas fundamentais, onde, entre quatro paredes, tal como no século XIX com alguns retoques tecnológicos, uns professores - funcionários ganham a vida retendo crianças por várias horas ao dia. Tal como nos diz Eduard Punset, esse é o pior sistema possível para aprender alguma coisa. Faz um século, em aulas repletas de alunos, se fazia aprender de memória uma serie de lições. Agora em uma sala de aula três vezes mais vazia, se intenta que aprendam alguma coisa, mas não muito. Em ambos os casos o aluno perde tempo, tanto memorizando coisas que ele não compreende e que não aplicará na sua vida, assim como indo na escola como quem vai de passeio [3].

Desde tempos imemoriais, a verdadeira educação se dava na família e na comunidade: Os pais ensinavam a comer, beber, andar, falar... ler e escrever estava, claro, reservada a uma a minoria, mas ler e escrever eram sobretudo ferramentas da casta dirigente: a rica tradição oral era uma verdadeira tradição popular viva, que sofria câmbios de geração em geração e que não intentava ficar "fixa" sobre pedra ou papel. Com essa tradição, os jovens entravam no mundo dos valores da sua comunidade, no dever/ser que fazia possível a existência de seu povo. Já mais para frente, a extensão e complexidade das sociedades, sobretudo europeias, fizeram necessária a aparição da escolarização aberta a todas as classes sociais. E isso foi bom, sendo que permitiu que sua coesão permanecesse, pelo menos em teoria todos puderam desfrutar de uma instrução básica, se bem que o acesso a uma educação superior permaneceu somente no alcance dos privilegiados.

Como diz Octavi Fullat,no seu artígo La educación ¿es tarea para domadores? (A educação: é tarefa para domadores?), aprender a ler e escrever é muito bom, mas a alfabetização por si mesma não equivale à educação, e que ler não é algo muito útil se as leituras que existem no teu alcance estão orientadas a manter a ignorância ou a submissão do cidadão médio.

Com o auge da ideologia do progresso, foi concordado que o mais conveniente era que a escola fosse a fábrica de um tipo humano único, destinado à produção e ao consumo massivo, que a família não devia entorpecer a marcha desse progresso e que os pais e a comunidade deviam delegar a transmissão não só dos conhecimentos senão também dos valores na escola, para evitar a perpetuação de condutas errôneas. E com essa sensação, muitas famílias acabaram delegando a educação de seus filhos para o Estado, e entenda-se que digo educação no seu aspecto mais integral. Os poderosos tentam por todos os meios "liberar" aos filhos da influência de seus pais. E com esse fim, colocam em marcha toda uma série de recursos e profissionais dispostos a isso. Assim, o vazio criado pelo desaparecimento das figuras materna e paterna é preenchido pelos especialistas, desde a creche à Universidade, que moldam até a medula do futuro cidadão de forma que ele se converta em um estranho para sua comunidade e família e assim em um "cidadão do mundo", um membro da nova espécie planetária que somente busca a felicidade pessoal e sem critério próprio: livre até de pensar e criar; livre de ataduras e limitações biológicas ou culturais que são o único que nos faz humanos...

O ódio pela educação se manifesta de forma vergonhosa em muitos centros escolares onde se valoriza mais o esforço esportivo que o intelectual; na atitude receosa dos experts frente ao talento, visto como uma excepcionalidade perigosa que quebra a unidade rotineira da vida escolar; na agrupação de alunos segundo a sua idade e não segundo suas aptidão e capacidade: todos podem aprender de tudo ao mesmo tempo, nas salas de aulas que acabam sendo como um mero vagão de gado, onde todos valem o mesmo; na metodologia baseada num "deixar fazer, deixar pensar" copiado do livre mercado e despreocupado em relação ao destino dos alunos a seu cargo: esse ódio dirige hoje o rumo da escola, e faz falta um golpe de Mestre. Na Espanha, desde 1982, temos sofrido já cinco reformas educativas: ¿retificação de erros passados? Não! Refinamento na fabricação do tipo humano necessário para os planos da classe dirigente.

Por isso digo que escolarizar não é educar, e que a educação é um processo onde estão envolvidos muitos atores, bem podemos dizer que são precisos anos de história e uma comunidade em marcha para educar a uma só criança. Escolarizar, o que ontem era dar uma oportunidade às novas gerações, se tem convertido num processo mais de imersão nos valores da cultura burguesa, do bem-estar e do conformismo.

A única forma de reverter esse processo é, por um lado, que as famílias eduquem seus filhos de uma maneira ativa, com valores e, sobretudo que os auxiliem a pensarem por si mesmos e pelo semelhante; que o modelo escolar nascido em pleno auge da ideologia do progresso, século XIX, seja repensado, não como um anexo da agência de empregos, senão como um meio, mais um, para que nossas comunidades continuem vivas no futuro.





Notas
[1] Friedrich Nietzsche, Schopenhauer como educador, Ed. Valdemar, Madrid, 1999, p. 9.
[2] Jean Vertemont, Dictionnaire des mythologies indo-européennes, Faits & Documents, Paris, 1997, p. 72.
[3] Ir de passeio é uma expressão suave: muitas crianças vão como ao matadouro, outros competem e agridem, outros como acorrentados, etc.

Extraído da revista Nihil Obstat



LA INQUISICIÓN MODERNA




Cuando se pronuncia Ia palabra lnquisición, en todo el mundo, incluyendo Espana -sobre todo, Ia nueva Espana" democrática" - se evoca, en el auditorio, un fenómeno de represión e intolerancia, llevado a Ia práctica por hombres fanáticos y crueles, que despreciaban a quienes no se sometían incuestionablemente a Ias interpretaciones religiosas y políticas en boga.

EI nombre, lnquisición, correspondía a una jurisdicción papal - no específicamente espaíiola, como trata de hacer creer, desde hace siglos, una burda propaganda- para combatir Ia herejía, Ia alquimia, Ia brujería, Ia hechicería, el judaísmo, etc., institución que llegó a detentar un poder considerable en tiempos medievales e incluso en Ia edad moderna, pues en Espanasólo fue suprimida en el ano 1834, y en el Estado Vaticano en 19021 La Inquisición proporciona un argumento favorito a quienes gustan de acusar de tiranía y crueldad a Ia Iglesia Católica Romana. El nombre se deriva del verbo latino "Inquiro ", investigar, 10 que enfatiza el hecho de que los inquisidores no se limitaban a esperar que les llegaran denuncias, sino que se empleaban con celo en Ia búsqueda de individuos con actividades delictivas,o considera- das tales en Ia época en cuestión. Investigar posibles delitos sin esperar a Ia denuncia de los mismos, fue practicado tanto por Ia Iglesia como por los Estados, con preferencia a otros medios tales como Ia persuasión moral para asegurar Ia uniformidad de Ias creencias. Sólo cuando Ias sucesivas herejías se esparcieron y parecieron amenazar el orden existente,los prohombres de Ia Iglesia abandonaron Ia posición tradicional, expresada por San Bernardo de Clairvaux: "La fe debe ser consecuencia de Ia convicción y nunca debe ser impuesta por Ia fuerza. Los herejes deben ser sometidos con razonamientos, no con Ias armas. " Sobre Ia Inquisición se han escrito centenares, tal vez millares de libros, en pro y, sobre todo, en contra. La impresión general, sin pretender, en modo alguno, ejercer de abogado defensor de una entidad pretérita generalmente denostada, es que se ha tendido a exagerar Ias exacciones cometidas, olvidando el momento y Ias circunstancias en que ocurrieron los hechos, y partiendo siempre de Ia base de que los encausados por el Tribunal del Santo Oficio eran siempre inocentes. Pues bien: esto es más que improbable, y hay que tener en cuenta que el principio jurídico de Ia presunción de inocencia es relativamente reciente, ya que en Ia mayor parte de países europeos no tiene ni un siglo de vida, en teoría. Y convendría subrayar, como más adelante tendremos ocasión de constatar, que sólo se trata de una teoría, o ficción legal.

En Inglaterra, por ejemplo, aunque nunca llegó a funcionar Ia Inquisición, sí existió un organismo, llamado "Star Chamber", o Cámara Estrellada, donde, con métodos ni mejores ni peores que los de aquélla, se dedicó a menesteres sensiblemente iguales y, en todo caso, siempre circunscrita al poder político del país.

En Ginebra, Calvino montó su propia Inquisición, aunque con el nombre de "Instituto para Ia Defensa de Ia Fé" (Ia suya, naturalmente), una de cuyas víctimas fue el sabio aragonés Miguel Servet. En Zurich, Huldreich Zwingli, fundador de 'la Iglesia Reformada, sin fundar un organismo parecido a Ia lnquisición, utilizó a Ias fuerzas de seguridad para que garantizaran 10 que él llamaba "el orden natural" (es decir, el suyo), 10 que significaba el mantenimiento de Ias estructuras políticas y religiosas en su ciudad y aledaiios.

Por cierto que al tiempo que proclamaba Ia Reforma de Zurich, arrojó todas Ias imágenes católicas al río Limmat, asegurándose previamente de que el oro que cubría esas imágenes estuviera a buen recaudo en el ayuntamiento. Ese fue el principio, cronológicamente hablando, de Ia banca suiza.'
La lnquisición, sin duda, cometió numerosos errores y abusos de poder, algunos de ellos realmente flagrantes, como Ia ejecución de Juana de Arco, ejecutada por Ia lnquisición Francesa, políticamente presionada por Ias tropas de ocupación inglesas, que ocupaban entonces media Francia.

Siglos más tarde Ia Iglesia debía reconocer su error y rehabilitar primero, beatificar luego y santificar por fín, a Ia Doncella de Orléans. Pero no fue és te el único caso: San Ignacio de Loyola, fundador de Ia Orden de los Jesuítas, fue procesado dos veces por el Tribunal del Santo Oficio, que también infligiría condenas a personalidades como Cervantes, Fray Luís de León, Miguel Servet, el fundador de Ia Orden Dominica y Arzobispo de Toledo, Bartolomé de Carranza, y muchos más, con Galileo como paradigma.

No obstante, y cuenta tenida de Ias circunstancias de Ia época, Ia moderna historiografía que se ha ocupado del tema, procurando depurar pre-juicios derivados de Ia política de entonces, tiende a corregir el "cliché" que ha presentado secularmente a Ia lnquisición -y, más concretamente, a Ia Espafiola - como el paradigma de Ia injusticia y Ia crueldad. Nada menos que Schafer, un historia- dor protestante, cuyo juicio conjunto resulta negativo para con Ia lnquisición, escribió: "No puede desconocerse en Ia Inquisición, tanto objetiva como subjetivamente, el esfuerzo por aplicar un procedimiento abiertamente justo; y Ia acusación de que Ia Inquisición era por principio injusta para con Ias acusados descansa en Ia ignorancia o desconocimiento voluntario de Ias hechos, si no es que, como sucede por desgracia en Ia mayor parte de Ias casos, procede de un adio y fanatismo deplorable". 3

Schafer insiste en Ias garantías legales concedidas a los acusados, que tenían derecho a aportar testigos en su descargo, teniendo éstos garantizada su impunidad y no pudiendo ser a su vez inculpados en virtud de sus testimonios en favor de los reos. Esto, que parecerá muy natural a cualquier profesional, e incluso a cualquier estudioso del Derecho de hoy, no 10 es tanto, en Ia práctica, corno más adelante tendremos ocasión de compro bar.

También conviene tener muy en cuenta, al referirse a esa tan controvertida institución, Ia intervención de los Estados, al socaire de Ia influencia y el prestigio de Ia misma. En Inglaterra, por ejemplo, el Estado sólo autorizó Ia actuación de Ia Inquisición, en el siglo XV, para perseguir a Ios Templarios, cuyos bienes fueron incautados por Ia Corona; y para erradicar Ia herejía de los Lollardos, de Wycleff, cuyas teorías sociales se reputaban peligrosas tanto para Ia Iglesia corno para el Estado.' Francia Ia utilizó, sobre todo, en Ia lucha contra los Cátaros y Albigenses, con Ia consiguiente incorporación de Provenza y el Languedoc a Ia Corona francesa. En general, puede afirmarse que Ia Inquisición funcionó, en unas u otras épocas, en toda Europa, con Ia excepción de Escandinavia. Y también que, muy a menudo, fue instrumentalizada, "uolensnolens ", por los diversos Estados.

Fueron precisamente los Estados los causantes, muchas veces, de Ia, por otra parte, reconocida dureza de los tribunales del Santo Oficio.
Joseph De Maistre, que no fue precisamente tierno en sus juicios sobre Ia lnquisición, escribió:

"Separemos y distingamos exactamente cuando hablemos sobre Ia Inquisición, Ia parte que corresponde al Gobierno y Ia que corresponde a Ia Igiesia. Todo lo que este Tribunal tiene de severo y de espantoso, y de manera especial Ia pena de muerte, hay que cargarlo a los gobiernos, son cosa suya y sólo a ellos hay que pedirles cuentas. Por el contrario, toda Ia clemencia que tan gran papel representa en el Tribunal de Ia Inquisición, corresonde a Ia Iglesia, que no intervenía en los suplicios más que para mitigarlos o suprimirlos."

La lnquisición fue, paulatinamente, suprimida en todos los países. Aunque en los Estados Pontificios continuó ejerciendo sus funciones Ia "Congregación de Ia Suprema I nquisición ", cuyo presidente era el Papa y constaba de un cardenal secretario, de un asesor, de un comisario con dos inquisidores oinstructores -de Ia orden dominicana- y de un cierto número de caIificadores. Su competencia se extendía a todas Ias cuestiones de Ia fe y Ias costumbres, privilegio paulino, matrimonios mixtos, examen de los libros, etc., y tenía jurisdicción sobre todos los católicos, exceptuando a Ios cardenales. En Ia reorganización de Ia Curia, llevada a cabo por Pío X en 1908, le fue cambiado el nombre por el de SANTO OFICIO.

En 1969, Pablo VI modificó sus funciones y su nombre, transformándolo en CONGREGACION PARA LA DOCTRINA DE LA FE.6

La Inquisición, pues, se extinguió, como todo 10 humano, por pura consunción, y tras sucesivos cambios de nombre y de funciones, hasta terminar siendo un mero organismo orientativo cuya principal secuela 10 constituye aún elllamado "I ndice de Libros Prohibidos".

De los innegables, aunque exageradísimos, abusos de Ia Inquisición no queda, pues, nada. Pero así como, después de los cambios de nombres y de funciones, Ia Inquisición desaparecía de Ia faz de Ia Tierra, con otros nombres, y con métodos tanto o más brutales, pero infinitamente más cínicos e hipócritas, aparecía un moderno mónstruo, sin nombre, que, en nombre de Ia Libertad, habría de dejar en mantillas a Ia vieja Inquisición.

Amparándose en Ia situación por el Sistema creada, todo el Derecho Procesal clásico irá siendo paulatinamente transformado en su beneficio. EI concepto de Ia justicia, promocionado por el Sistema, consistente en aplicar dos pesos y dos medidas a situaciones equivalentes, no 10 puso nunca en práctica el Tribunal de Ia Santa Inquisición.

EI Dogma dei Sistema es como un universo einsteniano, en constante expansión. Cada vez se expande más, en todos los sentidos; cada día abarca más sujetos y, a Ia vez, se extiende no sólo en el espacio, sino también en el tiempo. No sólo es obligatorio creer en los dogmas contemporáneos; igualmente hay que creer en ciertos dogmas referidos a casos o situaciones pasadas.

Las nuevas leyes, que no habría osado idear ni Ia fértil mente de Orwell en su genial 1 984, decreta igualmente que todo escrito o palabra, públicos o privados, que niegue o ponga en duda, hechos relativos a Ia historia y Ias causas de Ia 11 Guerra Mundial y que sean DE NOTORIEDAD PÚBLICA, incurrirá igualmente en ese tipo de delito.

EI ceio de los modernos solones de Ia moderna Inquisición no cesa en su empeno de inventar nuevos "delitos" que les den un simulacro de justificación moral aios ojos de Ias masas ignorantes y poder continuar dando satisfacción a sus instintos depuradores.

Esta institución sin nombre, pero a Ia que cuadra perfectamente el de Policía dei Pensamiento, actúa ya en todos los países dei mundo. Con leyes específicas que amparan sus actividades, o sin ellas.

1 Encyclopoedia Britannica: T. XII, pp. 271-272.
2 W. Schmidt: "Historia comparada de las religiones", P: 124
3 Bernardino Llorca: "La Inquisición ", p. 302.
4 Encyclopoedia Britannica: T. XIV, p. 257.
5 Pierre Dominique: "L 'Inquisition ", p. 326
6 Gran Enciclopedia Catalana: T. XIII, p. 284


Artigo extraído do livro - A Nova Inquisição - Publicado pelas Ediciones Ojeda



ARTE YNUEVAS TECNOLOGÍAS


Escultura Maria Faykod




Escultura Maria Faykod




Hay en USA y en algunos países nórdicos grupos, como los Amish, que no aceptan utilizar técnicas posteriores ai siglo XIX, como electricidad o coches, abonos químicos, etc ..... pues consideran que su uso implica de alguna forma acceder también a Ias 'novedades inmorales' de Ia modernidad, de forma que técnica y moral actual van unidas.

Conociendo el caso uno podría pensar que es así, pues sin duda estas comunidades han logrado separarse de Ias características decadentes dei mundo actual y mantienen unas comunidades solidarias, familiares, serias, sin Ias influencias de Ia propaganda dei sistema.

Pero 10 hacen a costa de 'separarse' dei mundo actual, sectarizarse, y no pretender 'cambiarlo' sino sólo 'sobrevivirlo'.

Su gran errar es creer que Ia técnica es 10 malvado, cuando es sólo una herramienta en manos de 10 bueno o 10 maio, según sea quien Ia use. Y el gran error nuestro es creer que Ia técnica está siempre en el lado positivo, porque así 10 dice Ia propaganda de ese 'progresismo' materialista actual.

Oesgraciadamente Ia experiencia nos dice que Ia técnica se usa muy a menudo para un mal objetivo, incluso entre Ias que pretendemos vivi r ai margen dei sistema, debido a Ia propaganda subliminal que todos tragamos inconscientemente. Pongamos ejemplos:
En Ia música los avances técnicos permiten hoy poder escuchar en casa Ia mejor música dei mundo, a un precio económico y con una gran calidad. Es más, dada Ias miserables puestas en escena que los actuales teatros de ópera o teatros dramáticos han impuesto como moda, el OVO nos permite en muchos casos poder disfrutar de representaciones muy correctas, que son imposibles de ver en los teatros oficiales bajo control político dei corrupto sistema democrático.

Pero sin embargo esas ventajas son poco usadas incluso por muchos camaradas, que o bien desconocen realmente Ia música clásica o bien prefieren oír Ias canciones de moda, yaun más, esa ventaja posible se convierte en el defecto de tener que soportar en todos sitios Ia música decadente actual, hilo musical, salas de espera, radio, nos invaden los ruidos dei sistema.

Y el OVO se usa para ver películas normalmente de pésima calidad ética, o cuanto menos de nulo valor estético.

EI coche permite un traslado sencillo a zonas de gran valor para nosotros, monta nas, monumentos y reuniones, pero Ia realidad es que el coche masivo en Ias ciudades, usado sólo para traslados de trabajo y ocio cerca no, provoca olor, gases y polución. EI uso positivo dei coche es muy pequeno frente a su uso 'profesional', en parte provocado por Ia deficiencia dei sistema público pero mucho por pereza y comodidad, así como por Ias cada vez mayores distancias entre donde vive y donde se trabaja.

Ellas artes cuando se habla de 'técnica' uno se pone a temblar ... Ia modernidad progresista se dedica a hacer creer que Ias máquinas hacen el arte, música de ordenadores, cuadros por ordenadores, esculturas en ordenador, etc .... aunque Ia verdad es que salen casi mejor que Ias que hacen los semi-humanos progresistas con sus manchas y ruidos ....

Sin embargo Ia realidad es que el sistema de Cd's y OVO's ha permitido una calidad auditiva magnífica, y el MP3 una disponibilidad eno

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Atualidades (continuação)
Por Fritz Key - Sunday, Jul. 17, 2011 at 2:08 PM

Sin embargo Ia realidad es que el sistema de Cd's y OVO's ha permitido una calidad auditiva magnífica, y el MP3 una disponibilidad enorme de música, que usando esos medios adecuadamente permitiría una educación musical magnífica.

La remasterización de grabaciones antiguas, eliminando ruidos, es otro ejemplo dei buen uso de Ias tecnologías en arte.
Hace poco pudimos asombrarnos ante Ia obra de Maria Faykod, una escultora extraordinaria, que para realizar sus monumentales obras en mármol usa desde luego instrumentos modernos, como martillos de aire comprimido, o medidores laser, etc .... y no sólo el martillo y cincel anterior.

Hoy un escultor puede hacer una obra tamaño reducido y luego reproducirla mecánicamente a tarnafio mucho más grande .... 10 maio no es esa técnica sino que Ia escultura sea buena o sólo un trasto incomprensible.

Si bien es cierto que Ia arquitectura, como Ias demás artes, ha caído en el basurero, gracias a Ia técnica es posible restaurar grandes obras o terminar más rápidamente una obra monumental como Ia Sagrada Familia en Barcelona.

Hoy sería posible edificar casas confortables y limpias para trabajadores, el problema es que el capitalismo Ileva a Ia especulación y determina precios abusivos, no por el coste de 'construcción' sino por puros temas financieros.

Uno de los aspectos más interesantes de Ia técnica en apoyo de Ia difusión artística está en Ias artes gráficas. Hoy es posible editar a un precio adecuado libros de arte o de difusión cultural, incluso gráficos, que antes eran prohibitivos. Jamás ha habido tal posibilidad de acceder a Ia cultura a precios baratos, el problema es que Ia educación actual no imbuye ese deseo en Ias gentes.

Y el sistema de scanner permite reunir en un OVO un enorme fondo cultural bien documentado y definido. Así tenemos en CO's y OVO's Ia recuperación dei arte dei III Reich o bien exponer obras de arte actuales magníficas que son ignoradas por Ia prensa y el sistema oficial.

EI cine es el arte de estos tiempos, el único que ha dado y aun está dando hoy y ahora obras de calidad humana y ética, artística, no muchos pero si algunos, y que son difundidos de forma popular y masiva (hoy en día hay artistas buenos en todas Ias artes, pero son boicoteados, ignorados y su arteno lIega a Ia gente). EI cine, gracias a Ias técnicas actuales de efectos especiales y calidad de película y sonido, permitiría realizar obras extraordinarias en manos de gente de calidad, en vez de estar casi siempre en manos de los capitalistas y degradados de Hollywood.

Nos imaginamos Ias fantásticas posibilidades dei cine para lIevar a escena Ias obras de Wagner, por ejemplo.
La técnica es Ia que puede permitir que un sistema nuevo, orientado a 10 positivo y elevado, pueda realizar su labor educativa de forma sencilla, pero ai mismo tiempo es 10 que permite ai sistema degenerado actual difundir Ias peores basuras artísticas.
La culpa o el mérito son siempre dei Hombre.








Ramón Bau
Artigo publicado na revista Devenir Europeo - Primavera de 2011



Pérolas da revista Cedade - anos 80





"iQue espectáculo ofrece un estado democrático abandonado al arbitrio de Ias masas!. La libertad queda transformada en una pretensión tiránica ... La igualdad degenera en una nivelación mecánica... el sentimiento de honor verdadero , la actividad personal, el respeto a Ia tradición , Ia dignidad, en una palabra, todo aquello que da a Ia vida su valor, poco a poco va hundiendose y desaparece.

Solo sobreviven de una parte Ias víctimas enganadas por el espejismo aparente de una democracia .... y por otra los explotadores más o menos numerosos que han sabido, mediante Ia fuerza del dinero o de Ia organización, asegurarse una posición priviligeada, e incluso el mismo poder".
Pio XII. Papa
"Benignitas et humanitas". 1,19





En el Sistema democrático es lógico que Ia Presidente dei Parlamento Europec sea una no-europea, una judía sionista: "Estoy profundamente aferrada a mi tradición judia, he nacido judía . Mi identidad es más una fidelidad que una vinculación religiosa. "

Simone Veihl ante el consejo Judio Mundial en Washington.



Reunião em Barcelona

O Presidente da Sama Multimídia Educação e Arte, Joaquim José de Andrade Neto, após reunião em Barcelona, com dois profícuos e respeitados escritores espanhóis Joaquin Bochaca e Ramon Bau, ambos militantes históricos na luta antissistema, os dois colaboradores da Revista Humanus e correspondente internacional na Espanha, trataram de assuntos referente a Liberdade de Expressão, Honra e Dignidade, principalmente no que diz respeito à prepotente e truculenta detenção do líder nacional socialista espanhol, que infelizmente ainda se encontra detido, conforme foto a seguir, onde aparece recebendo a visita do Mestre.





O Mestre visita Pedro Varela na prisão de Can Brians I


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